| 11/06/2009 04h35min
Guiñazu guarda semelhanças com o principal personagem de Gladiador, seu filme predileto. Na telona, o general do exército romano Maximus, personagem de Russell Crowe, vira gladiador e conquista a simpatia do povo em batalhas no Coliseu. Guiñazu parece encarná-lo no Inter. Contra o Corinthians, na primeira decisão da final da Copa do Brasil, ele completará cem jogos pelo clube, com o posto de ídolo deixado por Fernandão.
São quase dois anos desde sua estreia, em 5 de setembro de 2007, derrota por 3 a 2 para o Cruzeiro, no Mineirão. Após 51 dias à espera da regulamentação de sua condição, Guiñazu foi um dos que se salvaram no atabalhoado time de Alexandre Gallo. Correu incansavelmente, deu carrinhos, armou jogadas. Parecia disposição de estreante, mas era Guiñazu na essência.
Tanta dedicação conquistou a idolatria dos colorados e o respeito dos gremistas, garantem amigos e familiares. Não são raras as vezes em que o argentino é abordado com simpatia por um
torcedor tricolor. O roteiro é o
mesmo: precedido por um pedido de desculpa vem a solicitação para uma foto ou a parabenização pelo empenho em campo. Guiñazu devolve, usando a distinção que virou sua marca no Beira-Rio:
– Claro que sim, “Fenômeno”.
Guiñazu cativa pela entrega em campo e pela candura fora dele. Atende todos sem discriminação. Na terça-feira, cerca de 15 crianças o cercaram no pátio do Beira-Rio. Em coro, entoavam o refrão da música criada em sua homenagem pela banda Ataque Colorado.
O canto estridente “ô ôôô ôôô, Guiñazu” chamou a atenção dos que estavam por perto. Guiñazu estava a caminho de casa, mas parou para atendê-los um a um. No supermercado, por vezes interrompe as compras para dar atenção a quem o aborda.
Torcedores mais fanáticos fazem mais: descobrem o endereço do condomínio onde ele mora na Capital e deixam na portaria camisetas, mateiras, cadernos, diários para serem autografados. Guiñazu assina tudo e devolve à
portaria.
– Algumas crianças deixam e-mails ou telefone, e ele
responde todos. É um cara incrível – assegura Giovani Cassasuz, taxista que carregou o volante na chegada à cidade e se transformou em amigo da família.
O argentino desponta como melhor garoto-propaganda do Inter. Lançado no mercado em dezembro, sua miniatura já vendeu mais de 3 mil unidades. A camiseta número 5, de Guiñazu, é a mais vendida entre os três jogadores que dispõem de peças personalizadas na loja oficial do Beira-Rio.
Deixa para trás a 7, de Taison, e a 11, de Magrão. Devido a esse carinho, ele virou um gladiador em campo:
– Não podia estar mais orgulhoso. Devolver isso é quase impossível. É muito carinho. É o melhor lugar onde já morei.
Confira como será a agitada rotina do Inter nos próximos dias:
O perfil do capitão |
Em seu site oficial (www.chologuinazu5.com.br), Guiñazu revela um pouco mais sobre sua vida pessoal e suas preferências. Confira algumas: |
Signo? Virgem |
Ídolo? Michael Jordan |
Se não fosse jogador? Seria jogador de tênis |
Comida preferida? Churrasco |
Fruta? Melancia |
Doce? Flan |
Estilo musical? Cuarteto (música de Córdoba) |
Cantor? La Mona Jimenez |
Cantora? Shakira |
Banda? Guns N’ Roses |
Ator? Denzel Washington |
Atriz? Angelina Jolie |
Guiñazu atingirá a marca de 100 jogos pelo Inter contra o Corinthians pela final da Copa do Brasil
Foto:
Arivaldo Chaves
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