| 08/06/2009 18h46min
Uma reunião a ser marcada para a próxima quarta ou quinta-feira entre os comandos da Polícia Militar de SP e da Brigada Militar do RS, junto com as direções de Corinthians e Inter, definirá as medidas de segurança que serão tomadas nos dois jogos da final da Copa do Brasil, no dia 17 de junho, em São Paulo, e 1º de julho, em Porto Alegre.
Nesse encontro, será debatida a proposta de torcida única, sugerida pelo promotor público paulista Paulo Castilho. A princípio, o Inter já se manifestou contra essa medida por meio do vice de futebol Fernando Carvalho. Mas o clube gaúcho vai acatar o que for acordado entre as partes.
– Acreditamos nas providências que a diretoria do Corinthians e a Polícia Militar de São Paulo vão adotar para garantir a segurança dos nossos torcedores. Vai haver reciprocidade. Vamos adotar os mesmos procedimentos aqui em Porto Alegre – afirmou o vice de administração Décio Hartmann.
O jogo é considerado de “alto risco” pela PM paulista. Não só por se tratar de uma final de campeonato, mas também pela recente rivalidade entre Inter e Corinthians. Os clubes disputaram o título do Brasileirão 2005, que ficou marcado pelo escândalo de arbitragem e terminou com o time paulista campeão. Em 2007, o Corinthians acusou o Inter de perder propositalmente para o Goiás para que eles fossem rebaixados para a Série B.
– O que passou, passou. O campeonato vai ser decidido dentro do campo, sem agressividade nenhuma. Não podemos ficar desenterrando coisas de 2005. O Inter não pensa em revanche. E não compactuamos ou toleramos agressão física entre torcedores – minimizou o dirigente colorado.
A proposta de torcida de um só time ganhou força na quinta-feira passada, um dia depois do jogo das semifinais entre Corinthians e Vasco, no Pacaembu. Um confronto entre torcidas organizadas dos dois clubes resultou na morte de um torcedor do Corinthians e no incêndio de um ônibus do Vasco.
O conflito ocorreu na Marginal Tietê (zona norte de São Paulo). Um comboio de 15 ônibus da torcida vascaína foi abordado por um ônibus com cerca de 60 membros da torcida organizada Gaviões da Fiel. A escolta da PM – formada por 20 motocicletas e dois carros policiais, o dobro do habitual – não conseguiu evitar a briga generalizada.
– Estamos aumentando o efetivo há anos. O problema dessas torcidas organizadas é que elas sentem satisfação em brigar. Reforçamos o policiamento e, ainda assim, temos problemas – afirmou o major José Balestiero Filho, subcomandante do 2º Batalhão de Choque da PM paulista, ao jornal Folha de S. Paulo.
Ônibus da torcida do Vasco foi incendiado nas proximidades do Pacaembu
Foto:
Fernando Roberto/Lancepress
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.