O vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, afirmou nesta quinta que a negociação pela venda do brasileiro Kaká ainda "não está concluída", mas procurou amenizar sua saída, em vista das críticas e protestos de torcedores do clube italiano.

— Há uma negociação em andamento que não está absolutamente concluída, veremos o que irá ocorrer. O Milan não está acabando. Se Kaká sair, chegará um outro grande atacante, e a vida continuará — afirmou Galliani sobre a provável transferência do jogador.

Embora os dirigentes do clube tenham dito que as negociações ainda continuam, para a imprensa europeia, a saída do camisa 22 da equipe italiana já foi acertada. Eleito o melhor jogador do mundo em 2007, Kaká irá para o Real por 65 milhões de euros (R$ 178 milhões), segundo especulações.

Desde o início da semana, quando jornais espanhóis passaram a dar como certa a contração do craque, o site do Milan foi inundado por mensagens de torcedores furiosos. Na quarta, um grupo protestou diante da sede do clube italiano. Uma manifestação semelhante havia ocorrido em janeiro, quando o meio-campista brasileiro foi assediado pelo Manchester City, da Inglaterra, que chegou a oferecer 100 milhões de euros para contar com seu futebol.

Por sua parte, Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália e proprietário do Milan, afirmou hoje que discutirá o tema com Kaká na próxima segunda-feira.

— Eu estou em campanha eleitoral e, por isso, pedi a Kaká e a Galliani que não decidam nada antes de eu me encontrar com eles. Acredito que isso acontecerá na segunda — explicou, em referência às eleições ao Parlamento Europeu, que ocorrem neste fim de semana em todos os países da União Europeia, que coincidem com as votações provinciais e municipais internas da Itália.

Por outro lado, segundo a edição online de hoje do jornal espanhol AS, Kaká já teria avisado sua ida ao Real aos companheiros de Seleção, no Brasil.

— Está quase concluída. Vou para o Madrid, estou muito feliz — teria dito.