| 02/06/2009 04h42min
Assustada com os efeitos avassaladores do crack sobre os usuários, a estudante Stephanie Henz Marques, 17 anos, decidiu agir para alertar os colegas da escola.
Com um banner sobre drogas premiado na Feira de Ciências, ela percorre as salas de aula para informar e debater com os demais estudantes os riscos do consumo da droga.
Veja como manter o lar livre da droga
O trabalho que mostra o surgimento da droga, a disseminação e seus efeitos no organismo foi apresentado no Colégio Vicentino Santa Cecília, uma instituição privada do bairro Santa Cecília, em Porto Alegre. Além do material impresso, a estudante apresentou as conclusões da pesquisa, que se focou em duas drogas consideradas mais preocupantes para a comunidade escolar: o crack e a maconha.
– Já tinha ouvido falar do crack, mas não sabia que viciava logo no primeiro uso e
que seus efeitos traziam tantos danos às pessoas – contou Stephanie.
Incentivada pelo professor de biologia Adir Pereira, a aluna do 3° ano do Ensino Médio deu início ontem a uma maratona. Até o fim da semana, ela percorrerá 12 salas de aula para comentar seu trabalho. A ideia é transmitir informações à metade dos 700 alunos do colégio e evitar o aparecimento de novos usuários da droga que atinge pessoas de todas as classes sociais.
Em cada participação de 45 minutos nas turmas de 5ª série do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio, a estudante propõe um debate mediado pelo professor. Para a composição do trabalho, uma usuária de crack foi ouvida, e relatou os problemas decorrentes da dependência.
– Ela contou que chegou a vender joias da mãe para comprar a pedra – relembra a estudante.
Além da sala de aula, a intenção é levar a discussão para dentro das casas dos alunos. Depois de conversar sobre o tema, o grupo é estimulado a abordar a questão também com pais e irmãos. Segundo o professor Pereira, é papel da
escola informar e orientar sobre os
perigos de se experimentar o crack:
– Os alunos ficam curiosos sobre os efeitos da droga no corpo. Além de mostrar os efeitos fisiológicos, foco principalmente a questão social e que muitos partem para o crack por desestruturação das famílias e falta de informação.
Saiba mais sobre o crack e como buscar ajuda.
Usando um banner, a aluna Stephanie Marques, 17 anos, discute efeitos do entorpecente no Colégio Vicentino Santa Cecília
Foto:
Emílio Pedroso
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