| 29/05/2009 14h10min
Foi um leitor, Rogério Salaberry, o responsável pelo alerta. Li o e-mail e, em seguida, revirei minha agenda até encontrar o telefone de Giovani Luigi. Em minutos estava conversando com o assessor de futebol do Inter. Unindo a perspicácia do internauta de No Ataque, que me colocou no trilho certo, as informações colhidas junto a um dos homens de vestiário do Beira-Rio e um pouco de esforço de minha parte, não duvido ter deparado com um fato que, lá adiante, pode tornar-se histórico.
Se conquistar o Brasileirão deste ano, o Inter terá alcançado a maior façanha nacional de sua história centenária. Maior que o pioneirismo de 1975, quando ganhou para o Rio Grande do Sul o primeiro Campeonato Brasileiro. Maior até que o título invicto de 1979.
Vou além: cabe
discutir (eu disse DISCUTIR, não asseverar ou sentenciar) se não terá sido mais
difícil do que a Libertadores de 2006. O Mundial, esse sim, não merece questionamento. Dobrar o Barcelona de Ronaldinho, e com Ronaldinho no auge da forma, foi tarefa de esforço parecido ao de Hércules em seus 12 trabalhos.
Mas neste Brasileirão há um aspecto nunca visto para o Inter: o Rolinho em campo contra adversários graúdos.
Até o fim da Copa da Brasil, e antes dos dois jogos que valem o bi da Recopa Sul-Americana, o Inter vai de time misto no Brasileirão. No dia 21 de junho, o adversário é o Flamengo: reservas. Quatro dias antes (17 de junho) começa a decisão da Copa do Brasil. Portanto, dia 14, em casa, reservas diante do Vitória. No dia 25 é o primeiro jogo contra a LDU, do Equador, no Beira-Rio. A final da Recopa será em Quito, 9 de julho. Assim, contra o Náutico, 5 de julho, nos Aflitos, voltam os reservas.
Mais: a Copa Suruga, no Japão, entre Inter e Oita Trinita, é em 5 de agosto. Pois não é que no
dia seguinte o Atlético-MG de Celso Roth estará no
Beira-Rio? E se o Inter enveredar no caminho do bi da Copa Sul-Americana, em agosto? Mais reservas no Brasileirão, quem sabe com o meia-atacante Bolaños pedindo passagem?
Por isso, repito: se for campeão brasileiro de 2009, o Inter terá alcançado a sua maior façanha nacional em 100 anos de vida.
Não é todos os dias que um título tão importante é vencido pelo Rolinho
Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.
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