| 28/05/2009 08h10min
O segredo das transições
Uma prova de Ironman tem alguns atrativos especiais pra quem vai assistir, pra quem vai acompanhar. Um deles é a parte de transição entre as modalidades, que geralmente chama muita atenção de todos.
São duas transições. A primeira da natação para o ciclismo. A segunda ocorre quando o atleta sai do ciclismo para começar a correr. Pra quem vê é simples e divertido. O atleta chega sempre apressado, troca de roupa da maneira mais prática possível e parte para a modalidade seguinte.
Tranquilo, não é? Talvez até possa ser mesmo tranquilo, mas existe muito por trás disso tudo. O corpo tem que estar habituado às diferenças entre as modalidades e mais, precisa estar adaptado fisiologicamente
às alterações bruscas de movimento.
Afinal de contas, são exercícios completamente diferentes e em posições
corporais e posturas também diferentes.
A natação dura uma hora e o atleta faz na horizontal um exercício que exige praticamente do corpo todo. O ciclismo é feito em cinco horas em média e exige muito mais das pernas. Depois dessas cinco horas, são mais duas horas e meia, três horas, de corrida, que exige novamente do corpo inteiro.
E não há milagre, nem remédio. As transições são treinadas para que o corpo se habitue e não sinta todo o reflexo e o impacto das alterações de concentração de fluxo sanguíneo. Isso ocorre devido às diferenças de esforço muscular realizado. E o treino de transição é tão importante qualquer outro treino de modalidades.
No próximo domingo tente observar essa parte específica desse grande desafio. Não só pra ver a agilidade dos atletas e os atropelos de uma área de transição, mas pra perceber também toda a dificuldade que eles passam. Principalmente na segunda transição, a saída pra corrida, que, pelo cansaço acumulado,
costuma ser mais impactante para os
atletas de Ironman.
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