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 | 20/05/2009 06h10min

Paulo Autuori tenta implantar novo estilo no time do Grêmio

Toque de bola e muito sacrifício dos atletas são exigências do novo treinador

Vinicius Rebello  |  vinicius.rebello@rbsonline.com.br

Os primeiros dias no comando da equipe gremista já mostram o que Paulo Autuori pretende neste início de trabalho. O novo treinador quer aliar o forte poder de marcação da equipe gaúcha com o toque de bola refinado, marca registrada dos times dirigidos por ele.

Autuori tenta dar à equipe do Grêmio a mesma característica dos times por onde ele passou e conquistou os principais títulos da carreira, como o São Paulo, campeão da Libertadores e do Mundial em 2005, e o Cruzeiro de 1997, onde chegou pela primeira vez ao título da América.

Para o zagueiro Réver, se o Grêmio conseguir implantar o esquema de jogo pretendido pelo treinador, será difícil segurar o Tricolor:

– A gente acompanhou as equipes por onde ele passou e são equipes que privilegiam a posse de bola. Isto é fundamental para a gente, já que temos uma marcação muito forte e, se conseguirmos fazer no jogo o que estamos fazendo nos treinos, temos grandes chances de mudar esta visão que muitos têm da equipe do Grêmio – disse o defensor.

Outra característica de Paulo Autuori é comandar treinamentos mais longos, exigindo o máximo dos atletas a cada trabalho. Mesmo quando a parte física é a mais trabalhada, a bola sempre está presente:

– Foram trabalhos proveitosos. Isto está dando mais condição física para a gente. São trabalhos longos e sempre com a bola. Acho que isto é fundamental para que nosso condicionamento físico melhore e também para pegar mais contato com a bola. Os treinamentos dele são completamente diferentes do que a gente estava acostumado – revelou Réver.

Mas a mudança mais significativa que o novo treinador planeja implantar no Grêmio ainda está por vir. Há mais de um ano atuando no esquema 3-5-2, a equipe gremista deve passar a jogar de outra forma nos próximos jogos. Autuori entende que o 4-4-2 é um sistema que dá mais variantes à equipe.

– Nosso grupo é experiente e creio que não terá problemas em relação à adaptação, caso o Paulo altere o esquema. Temos uma semana cheia de treinos e o professor vai armar a equipe da melhor maneira possível. Creio que não vai mudar muito, mas, se mudar, ele tem as peças necessárias para isto – opina Réver.

Sempre que entendia necessário, Celso Roth não hesitava em poupar titulares para a disputa da Libertadores, prioridade total do Grêmio no primeiro semestre de 2009. Logo na entrevista de apresentação, Paulo Autuori disse que nenhuma competição seria priorizada e que os principais jogadores seriam usados tanto na competição continental como no Brasileirão.

O novo comandante revelou também que os atletas precisam treinar até o limite. Para Autuori, o futebol de hoje em dia exige capacidade de suportar a dor e sacrifício, muito sacrifício:

– Sempre que chega um treinador novo os jogadores que não estão recebendo oportunidades querem mostrar porque estão aqui no Grêmio. E a gente, que tá jogando, quer mostrar que não devemos perder o lugar na equipe. Fica uma rivalidade saudável e acho que isto é importante. Não só quando chega o novo treinador, mas durante o ano todo precisamos manter isto – encerrou Réver.

 
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