| 16/05/2009 22h04min
É curioso o lance que resultou na derrota por 2 a 1 do Grêmio para o Atlético-MG no 4-4-2 de Celso Roth, agora vejam só que ironia. De longe, parece pênalti: Joilson abre o braço e a bola muda o curso, já nos acréscimos. Acerto da arbitragem. Em seguida, a TV mostra a bola batendo apenas na barriga do lateral-direito, enquanto ele gira o corpo para sair jogando. Erro da arbitragem.
Logo em seguida, já com o jogo encerrado e antes de descer ao vestiário e conversar com dirigentes, vem o personagem principal da história e dá um depoimento surpreendente. Quando todos imaginavam que Joilson soltaria o verbo com a firmeza que se exige dos inocentes, ele admite que a bola bateu no seu cotovelo.
Acerto ou erro da arbitragem, afinal de contas?
Nesse lance, depois da confissão do lateral, não sei mais dizer. Mas fica algo para
reflexão: mesmo quando um lance parece claro para um lado ou
outro, é temerário anunciar alguma certeza. É mesmo incrível como sempre aparece um ângulo diferente da TV ou mesmo a revelação do oposto ao que parecia evidente.
Mesmo excetuando-se o lance do pênalti, no entanto, o árbitro Wilson Luis Seneme não estava em seus melhores dias. Se marcou o pênalti de Joilson, o razoável seria ter agido da mesma forma um pouco antes, quando um lance semelhante aconteceu na área do Atlético-MG envolvendo Maxi López. Mais: se houve mesmo agressões verbais repetidas de Seneme aos jogadores, como denuncia Souza, é caso de advertência. Claro que ninguém vai se tratar por vossa excelência ou pedir datavênia antes de falar, mas educação é um dos pilares da civilidade.
Se é pênalti lá, que seja pênalti cá também.
Do jogo e da bronca com a arbitragem, gostei do depoimento do vice de futebol André Krieger. Ele reclamou, esperneou, usou da sua reconhecida oratória de advogado competente para montar um quadro à beira de um
eventual complô contra o Grêmio já na
segunda rodada. Está no seu papel. Mas Krieger mostrou sensatez ao afirmar que o time não foi bem. Em duas partidas contra grandes clubes brasileiros, empate em 1 a 1 com o Santos e derrota ontem, a equipe não passou do comum.
Está certo Krieger.
E é com este quadro que o técnico Paulo Autuori começa a trabalhar a partir de segunda-feira para dar o algo mais ao Grêmio na reta final da Libertadores. Que poderia começar com o sepultamento do 3-5-2 em nome do 4-4-2, como sugeriu ontem, de leve, o capitão Tcheco. Em tempo: é preciso ganhar do Botafogo no Olímpico. Um ponto em seis disputados no Brasileirão é pouco.
Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.
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