| 10/05/2009 23h34min
Ninguém deu muita importância, mas uma seleção brasileira sub-17 com quatro gaúchos no time ganhou da Argentina na final realizada em Iquique, no Chile, e conquistou o bicampeonato da competição. Dois a dois no tempo normal, 6 a 5 nas cobranças de pênaltis, que avançaram pela série alternada. Acompanho essa gurizada há dois anos, desde que comentei para a TV COM jogos do Sul-Americano Sub-15, em Porto Alegre.
Posso afiançar: vem gente boa por aí para Inter e Grêmio.
Digo Inter e Grêmio porque Zezinho não é mais promessa. É realidade. Titular do time principal do Juventude, a multa rescisória do seu contrato é de R$ 40
milhões. No empate em 3 a 3 com o Inter, no Alfredo Jaconi, venceu o duelo pessoal contra o zagueiro Álvaro. Se deu bem entre os adultos, portanto. Na final de sábado, foi destaque. Marcou o primeiro gol de perna esquerda, apanhando rebote de fora da área, e teve frieza para converter a sua cobrança nas penalidades. Esse está pronto. Mas os meninos de Inter e Grêmio também são bons.
O atacante Felipinho, para quem não lembra, foi apontado por Alexandre Pato como seu sucessor dias depois de anunciada a venda para o Milan. Os dois são amigos e volta e meia engatam altos papos no MSN. Este ano Pato apontou Taison para sucedê-lo no Inter, é verdade, mas o primeiro citado foi Felipinho. Que é juvenil no Inter e não tem previsão de subir para os juniores. Pelo menos não tinha até ir para o Chile. Felipinho é rápido e driblador. Tem um estilo parecido ao de Taison — eu disse "estilo", já me adianto aos corneteiros de plantão.
O quarteto gaúcho se
completa com duas promessas do
Grêmio. O zagueiro Gérson é soberbo. É difícil vê-lo errando passes. Líder, capitão, zagueiro elegante, joga de cabeça erguida e não tem vergonha de dar chutão, embora não goste muito de recorrer a este expediente. Duvido que não vá ser titular dos profissionais antes dos 20 anos.
O volante Fernando foi reserva no Sul-Americano. Não é badalado como Zezinho, Felipinho e Gérson, mas tem estrela. O titular se machucou e ele manteve o nível contra a Argentina. Na série alternada de pênaltis, quando o erro poderia significar derrota, teve sangue frio e deslocou o goleiro argentino.
Daqui a pouco eles estouram por aí e ninguém vai saber o motivo.
(Foto: Ian Salas, EFE)
Leia os textos anteriores da coluna No
Ataque.
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