| 06/05/2009 17h51min
Em uma semifinal histórica, o Barcelona empatou a partida contra o Chelsea com um gol de Iniesta aos 47 minutos do segundo tempo, no Stamford Bridge, e conseguiu a classificação à final da Liga dos Campeões. Essien havia marcado para o time da casa aos nove minutos do primeiro tempo. A decisão contra o Manchester United será disputada em Roma, no dia 27 de maio.
O resultado foi um duro golpe para o time da casa, que passou quase todo o tempo em vantagem no placar e perdeu diversas oportunidades de matar o jogo. Além disso, reclamou vários lances de pênalti, nenhum deles assinalado pelo árbitro.
O Barcelona teve muitas dificuldades e acabou premiado mesmo após jogar com um a menos desde os 21 minutos do segundo tempo, quando Abidal foi expulso de forma duvidosa. O lateral-direito brasileiro Daniel Alves, que apareceu no ataque vários vezes — na maioria delas chutando muito longe do gol —, levou cartão amarelo e está fora da final.
Primeiro tempo foi do Chelsea
Mesmo sem Henry, machucado, o Barcelona começou o jogo levemente melhor. Keita entrou no meio-campo e Iniesta jogou um pouco mais avançado.
Porém, o esquema com apenas dois atacantes começou a se mostrar ineficiente para o time espanhol aos nove minutos, quando, após uma bela jogada do Chelsea pela esquerda, a bola bateu nas costas de Yaya Touré e sobrou para Essien. O meio-campista ganês pegou a bola sem deixar cair e mandou no ângulo de Victor Valdés. A bola tocou no travessão e entrou, tornando o gol ainda mais bonito.
Foi o suficiente para que o time da casa crescesse na partida. Por vezes, os zagueiros do Barcelona não achavam Drogba. O Chelsea pediu dois pênaltis em duas jogadas seguidas, mas o árbitro marcou falta fora da área no primeiro lance e não marcou nada no segundo.
No fim do primeiro tempo, Messi começou a aparecer no jogo e sua equipe equilibrou as ações. Mas aí o sólido sistema defensivo dos azuis mostrou seu valor. Alex, Terry e
Bosingwa não deixavam passar nada.
Segundo também parecia ser dos donos da casa...
No segundo, a tônica foi a mesma. O Barcelona tentava atacar, e até acabou com mais posse de bola por isso, mas não conseguia. E o Chelsea levava perigo sempre que avançava em velocidade. Aos sete minutos, Victor Valdés fez um milagre em chute de Drogba. O marfinense recebeu de Anelka, limpou um zagueiro e chutou para defesa importante do adversário. Em seguida, ele pediu outro pênalti, ao cair na área em lance com Touré. O árbitro nada marcou.
Quando a jogada foi fora da área, mesmo que não tenha parecido falta, aí ele apitou. E ainda expulsou Abidal, que teria derrubado Anelka em sua arrancada em direção ao gol. Com um a menos, a missão do Barcelona ficou ainda mais difícil. O holandês Guss Hiddink, técnico do Chelsea, trocou um atacante (Drogba) por um lateral-direito (Belletti) e parecia mais preocupado em segurar o 1 a 0 do que em fazer o segundo. Mesmo assim, o
time ainda teria outras chances.
Depois
que Drogba saiu, foi a vez de Anelka cair na área, em disputa com Touré, aos 33 minutos, e não levar a marcação de pênalti. Dois minutos depois, a bola bateu na mão de Piqué dentro da área, mas o árbitro mandou seguir novamente. Aos 45minutos, até Belletti apareceu no ataque com categoria, com uma bela meia-lua no adversário e um chute bem menos inspirado, para fora.
Iniesta muda a história do jogo
Então, veio o castigo. Eto'o roubou a bola de Essien na ponta esquerda e rolou para Messi. O craque argentino tocou com açúcar para Iniesta pegar de primeira de fora da área e vencer Cech. Após uma comemoração enlouquecida dos jogadores do Barcelona, o árbitro deixou o jogo seguir até os 51 e o Chelsea ainda tentou empatar.
Em dois escanteios, até o goleiro foi para a área adversária. No primeiro, a bola sobrou para Ballack chutar forte e a bola bater no braço do adversário, para desespero do meia alemão, que saiu correndo e
gritando com o árbitro enquanto o jogo seguia.
Assim que deu o apito final, o norueguês Tom Henning Ovrebo se viu cercado pelos jogadores do time inglês. Alheios a isso, os adversários se abraçavam emocionados, como que não acreditando no que havia acontecido.
No próximo dia 27, o Estádio Olímpico de Roma recebe o confronto de gigantes entre Manchester United e Barcelona, que define o próximo campeão da Europa.
Matéria corrigida às 12h desta quinta
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