| 04/05/2009 12h23min
Após o apito final do árbitro Luiz Orlando de Souza, o goleador do Estadual com 17 gols, Bruno Cazarine, não se conteve. Chorando muito, ele caminhava lentamente pelo gramado e afirmava, com a voz embargada, aos seus companheiros de clube:
— Não deu, não deu!
Na grande final de domingo, mais uma vez ele foi marcado de perto por André Turatto, mas mostrou que não é apenas um perigoso finalizador. No único descuido da zaga avaiana, Cazarine deixou Rômulo na frente de Eduardo Martini. Mas mesmo sabendo que cumpriu a sua missão no Estadual, o atacante da Chapecoense era um dos jogadores mais abatidos da equipe vice-campeã.
— Hoje, estou muito triste. Mas no todo, a equipe foi muito bem. Se fosse falar no início do ano, ninguém iria acreditar, mas quando se chega à final, você quer ser campeão.
Atacante estava com uma lesão no ombro
Cazarine não deixou a sua marca nas últimas três partidas
do Estadual. Fruto da acirrada marcação dos zagueiros adversários e
também da contusão que ele revelou ter no ombro.
— Eu tentei me movimentar bastante porque as oportunidades diminuíram. O meu ombro estava lesionado, me atrapalhou muito, era uma dificuldade que eu tinha. Mas valeu.
E agora, a Chapecoense terá que lutar muito para ficar com o artilheiro do Catarinense. O jogador está sendo muito assediado por clubes do exterior e dificilmente ficará.
— Existem muitas sondagens, mas proposta concreta somente de fora do país. Talvez seja prioridade, mas também não quero descartar a possibilidade de ficar. Antes de tudo, eu quero agradecer à Chapecoense, que abriu as portas para mim aqui no Brasil — enfatizou o atleta, que pode ir para a Europa ou Oriente Médio.
Se depender da torcida do Verdão, Cazarine não sai tão cedo da Chapecoense. O atacante era um dos jogadores mais aplaudidos pelos torcedores que compareceram à Ressacada.
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