| 14/04/2009 15h
O inglês Ross Brawn, chefe da escuderia que leva seu nome, afirmou confiar no "bom senso" da Federação Internacional de Automobilismo — FIA — no julgamento sobre a legalidade dos difusores usados pela equipe.
— Não posso estar 100% confiante, mas espero que prevaleça o bom senso — comentou o dono da equipe do brasileiro Rubens Barrichello e do inglês Jenson Button, no intervalo do julgamento, em Paris.
A corte de apelação da FIA analisa hoje o uso da peça, também utilizada por Williams e Toyota, nos Grandes Prêmios de Austrália e Malásia, que abriram a temporada 2009 da F-1. Porém, a decisão será anunciada amanhã.
A peça foi alvo de reclamação das demais escuderias desde antes da primeira prova, em 29 de março, porque seria resultado de uma brecha no regulamento para tirar vantagem.
Ferrari, Renault e Red Bull apresentaram protestos já na Austrália, mas a comissão da prova considerou os difusores legais. Mesmo assim, a
reivindicação foi levada até a FIA através de suas
respectivas autoridades nacionais.
A BMW-Sauber também protestou em Melbourne, mas o fez fora de hora e acabou levando a reclamação ao GP da Malásia. A escuderia pode comparecer na audiência como parte interessada.
Embora a FIA tenha reconhecido que Brawn, Williams e Toyota realmente se aproveitaram das brechas no regulamento, nada foi feito pelas demais equipes antes do início do Mundial.
O inglês Max Mosley, presidente da entidade, chegou a anunciar que o resultado do GP da Austrália seria conhecido quase um mês depois, na corte de apelação.
Se a FIA tinha aprovado o uso da peça quando os construtores apresentaram os planos e os comissários rejeitaram as reivindicações, tudo indica que a corte de apelação vai declará-la de acordo com o regulamento, o que permitirá às demais escuderias usá-la.
Mesmo antes do veredicto, as outras equipes já estão trabalhando nos novos difusores. Caso eles sejam liberados,
devem ser usados a partir do GP da China, em Xangai, no próximo
domingo.
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