Durou três dias o silêncio de Paulo Autuori. Nesta quinta, o treinador do Al-Rayyan, do Catar, admitiu ter sido procurado pelo Grêmio. Ainda não revelou, porém, se aceitará o convite. A direção, por sua vez, aumentou o prazo e aguarda a resposta até segunda-feira.

Autuori decidiu falar para rebater declarações de Rodolfo Fortes, empresário brasileiro que reside há 10 anos no Catar e que se dizia representante do técnico. Na quarta-feira, ele disse que o Al-Rayyan não liberaria o técnico antes de 28 de maio.

A manifestação fez a direção aumentar o prazo e decidir que o interino Marcelo Rospide comandará o time na quarta-feira, em Santiago, contra o Universidad.

– Esperamos uma definição. As coisas estão evoluindo – disse o presidente gremista, Duda Kroeff.

Autuori fará nesta sexta nova reunião com os dirigentes do Al-Rayyan. Amanhã tem jogo decisivo pelo campeonato local. Se não vencer o Al-Sadd, perde chances de título – o que facilitaria a liberação. Caso ganhe e o líder Al-Gharafa – do ex-colorado Fernandão – tropece, Autuori ficaria lá até a última rodada, dia 16.

Cresceriam, assim, as chances de Renato Portaluppi, credor de R$ 1,1 milhão do Grêmio – dinheiro que emprestou nos anos 90. Até o ano passado, Renato não havia recebido o dinheiro. A dívida dificultaria o acerto.