| 09/04/2009 03h42min
Apesar da boa campanha na Taça Fábio Koff, os jogadores da Ulbra enfrentam os atrasos salariais. Há dois meses sem receber, o time também sofre com a crise que a universidade, mantenedora do clube de futebol, atravessa.
— O atraso é algo a ser administrado todos os dias. O espírito de grupo faz com que a gente não misture as coisas. Aqui, não entra um jogador dentro de campo de cara amarrada — garante o técnico Beto Almeida.
Diariamente, Beto sempre reserva alguns minutos dos treinos para abordar os atrasos. Ressalta que os obstáculos enfrentados fortaleceram ainda mais a união do grupo. Mutirões para ajudar aqueles mais necessitados foram realizados. Foi organizada uma coleta de dinheiro no vestiário para ajudar um jogador que perderia o carro por falta de pagamento das prestações.
— Ele pegou o dinheiro chorando e foi pagar parte da dívida — conta Beto.
Com folha mensal de R$ 120 mil, a Ulbra não conta com o
apoio de patrocinadores. Embora o último salário
recebido tenha sido o de janeiro, comissão técnica e jogadores garantem que a estrutura de trabalho não foi afetada. Os materiais de treino e as viagens sofreram alguns cortes, mas nada que prejudicasse o desempenho do time. Os jogadores acreditam que a classificação às semifinais possa mudar a situação.
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