| 26/03/2009 22h36min
Em visita ao Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, onde é o principal padrinho da entidade que cuida das crianças, o Rei Pelé não conseguiu fugir das perguntas sobre o futebol brasileiro. E além de falar, é claro, da recente polêmica com o atacante Robinho, Pelé comentou o retorno de Ronaldo, criticou as administrações de clubes como Corinthians e Flamengo, e ainda falou da falta de continuidade das Vilas Olímpicas pelo Governo Lula. Leia os principais pontos da coletiva de imprensa:
Robinho
– Sobre esse caso de drogas relacionado ao Robinho não existiu. Para falar a verdade eu não sei nem o que aconteceu. Falei para o meu assessor ligar para o Robinho para saber o que era, mas ele também não tava sabendo de nada. Estou à disposição para ver essa tal entrevista. Alguns jogadores tiveram alguns problemas extracampo, como Ronaldo, Adriano e o próprio Robinho. O que eu falei é que não é justo falar que existe este tipo de problema
no futebol, como se fosse regra. Se você
observar o número de jogadores, o número de jogos, e o número de casos (problemas) que ocorrem, não dá para a mídia fazer um escândalo. Não é assim. Esses problemas não são nada.
Ronaldo
– Acho que o retorno dele foi maravilhoso. Parece que até essa volta do Ronaldo as pessoas haviam esquecido dos grandes craques, do futebol brasileiro e em todos os cantos só se fala nisso agora. Deus foi bom com ele. Ainda brinquei com ele: Você tem um palmo maior do que eu e não faz gol de cabeça. Aí na estreia dele ele marcou de cabeça. Agora, o fato dele ser usado na Seleção Brasileira é diferente. Se ele estiver fisicamente como ele sempre esteve, como alguns anos atrás, ele pode disputar. No entanto acho que é um pouco prematuro falar sobre isso.
Situação financeira dos clubes
– Os clubes de futebol têm que prestar contas de tudo. Por que não prestam contas dos jogadores vendidos? Não
são patrimônios dos clubes? Se vai vender uma cadeira, o conselho
participa para saber se pode vender ou não. Uma das brigas que tive na minha época como Ministro foi com os presidentes sobre isso. Acho um absurdo Corinthians, Flamengo, só para ficar nos clubes das maiores torcidas do Brasil, se fossem honestas as administrações, apenas em produtos vendidos pelo país eles pagariam as suas dívidas. Essas coisas que me fizeram me afastar do ministério.
Falta de projetos para ajudar as crianças
– Infelizmente temos uma cultura de não dar continuidade a um projeto social iniciado por um Governo anterior. Falo isso porque quando era do Ministério tínhamos as Vilas Olímpicas para ajudar a acabar com a criminalidade infantil, como a Mangueira, no Rio de Janeiro, por exemplo. No entanto, no Governo Lula não deram prosseguimento a esta iniciativa.
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