| 26/03/2009 21h54min
Pela primeira vez, um gaúcho será candidato à presidência da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Na noite desta quinta, o presidente da Federação Gaúcha de Basquete (FGB), Carlos Nunes, que disputará o comando da entidade nacional, concedeu entrevista por telefone ao clicEsportes. Crítico à atual administração, encabeçada por Gerasime Bozikis, o dirigente revelou sua principal proposta: a profissionalização da modalidade no Brasil.
Caso seja eleito, Carlinhos, como é conhecido no Rio Grande do Sul, vai contratar a empresa de José Carlos Brunoro, ex-jogador de vôlei que se dedicou a realizar assessoria esportiva e foi o responsável pela parceria entre Palmeiras e Parmalat nos anos 90. A ideia é conseguir mais patrocinadores para investirem no basquete nacional.
– Será essencialmente uma empresa de marketing. Ela vai procurar os patrocínios e, consequentemente, vai se remunerar – disse o dirigente, que garantiu a viabilidade financeira do projeto. – A CBB tem o patrocínio da Eletrobrás, e este patrocínio privilegia também a parte administrativa – explicou.
Carlinhos acredita que a CBB precisa de mais transparência. Um dos planos do dirigente gaúcho é diminuir o poder do presidente frente à entidade, criando um conselho consultivo formado por representantes das federações que apóiam sua chapa.
– Tudo será discutido abertamente: os contratos, os contratos de patrocínio, a destinação do dinheiro... Isto será discutido na comunidade do basquete. Achamos que, desta forma, vamos alavancar novamente o basquete e levá-lo ao lugar onde ele merece no âmbito nacional – declarou o dirigente gaúcho.
Nunes garantiu que pretente manter o Novo Basquete Brasil (NBB). Para ele, o papel da CBB é organizar as seleções brasileiras – tanto a principal quanto as de base. E os clubes que cuidem da competição nacional. Como vem acontecendo.
– O gerenciamento deste campeonato pelos clubes foi a melhor coisa que aconteceu nestas últimas décadas para o basquete nacional. Os clubes é que sabem onde aperta o sapato. Sabem os custos, os gastos, e como procurar patrocínio – justificou.
A eleição para a presidência da CBB ainda não tem data marcada. De acordo com o estatuto da entidade, ela precisa acontecer até o dia 31 de maio. Antes disto, Carlinhos quer unir sua chapa ao outro movimento de oposição, formado em São Paulo.
– As oposições precisam ser convergentes, e não divergentes – declarou.
CLICESPORTES
Partida entre Flamengo e Joinville pelo NBB: Para Carlinhos, campeonato foi o que melhor aconteceu nas últimas décadas para o basquete brasileiro
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