O anúncio oficial será feito apenas na quinta-feira, mas Rubens Barrichello já fala como quem tem um lugar garantido na temporada 2009 da Fórmula-1. Ele já está em Brackley, na Inglaterra, cidade onde se encontra a sede da ex-equipe da Honda. 

– Estou muito feliz com a minha fé. E minha fé diz que na semana que vem estarei guiando um carro competitivo nos testes de Barcelona, embora não tenha nenhum documento na mão que me garanta isso – disse Rubinho ao jornal O Estado de S. Paulo.

Com a confirmação de Barrichello ao lado do inglês Jenson Button, a antiga Honda mantém os mesmos pilotos da temporada 2008. Mas sob nova direção e nome: Brawn F-1, em homenagem ao engenheiro inglês Ross Brawn, novo proprietário da equipe.

Quinta-feira Brawn anunciará os pilotos, o planejamento para o restante da pré-temporada – de apenas quatro dias de testes – e também como o projeto será mantido financeiramente. A equipe estava à espera de compradoras para disputar a temporada 2009.

Piloto de maior longevidade na história da F-1, com 268 GPs disputados, Rubinho desbancou outros dois brasileiros na briga por uma vaga na equipe, Bruno Senna e Lucas Di Grassi. Sua experiência teria sido fundamental para a escolha, já que a equipe levará à pista um carro que praticamente não foi testado.

Em entrevista ao mesmo jornal, o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna admitiu ter ficado decepcionado com a escolha. Bruno, que havia testado com a Honda em dezembro do ano passado, em Barcelona, perdeu a vaga em sua equipe na GP2, a principal categoria de acesso à Fórmula-1, e agora estuda outras ofertas. 

– Foi um tombo na minha vida. Meio que me conformei já que o esquema é partir para outra. Só fico um pouco chateado por essa situação ter se arrastado por tanto tempo, o que fez com que eu perdesse melhores possibilidades profissionais. O importante será manter a F-1 como prioridade, manter-me próximo. Darei a volta por cima.