Não foram só os torcedores que saíram frustrados do empate do Grêmio com o Universidad de Chile, na estreia das duas equipes na Libertadores. Jogadores e seus familiares também. Após o amplo domínio sobre os chilenos, e as incríveis chances desperdiçadas (mais de 10), o 0 a 0 foi um castigo ao time de Celso Roth.

O capitão Tcheco, que hoje volta a campo na semifinal do Gauchão contra o Veranópolis, às 19h30min, ouviu do filho de sete anos, Leonardo, a seguinte dica:

— Pô, pai, você deveria ter chutado mais alto e mais forte.

— Se eu chutasse mais forte, mandaria a bola fora do estádio, filho — respondeu Tcheco.


Tcheco comenta as chances desperdiçadas na estreia na Libertadores

Como Tcheco não participou do treino secreto de ontem e ficou apenas realizando musculação no vestiário, Leonardo passou a tarde com o pai no trabalho. O menino, que sonha em ser atacante, foi ao Olímpico assistir à estreia na Libertadores. Aflito, ao final da partida questionou Tcheco sobre o futuro na competição:

— Com esse empate, será que a gente vai pegar o Boca?

Em casa, o capitão demorou a pegar no sono. Ao chegar a seu apartamento, no bairro Bela Vista, começou a assistir ao VT de Grêmio 0x0 Universidad de Chile — só foi dormir às 3h.

— Nos faltou aquele famoso detalhe para ganhar dos chilenos: o gol. Não marcamos porque tivemos um pouco de azar, um pouco de incompetência, um pouco de preciosismo nas finalizações e um pouco de ansiedade — analisou o meia.

Segundo Tcheco, apesar do empate o sentimento do vestiário é um só: o Grêmio está no caminho. Valeu mais a satisfação pela criação das chances de gol do que a angústia pelo desperdício.

— Não é uma questão de treinar mais. Não há erros a corrigir. Essa partida é daquelas que ocorre uma vez em cem. Não faríamos gol nem se estivéssemos jogando contra eles até agora — afirmou Tcheco.

Confira as chances perdidas pelo Grêmio contra o Universidad:

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