Uma conversa no vestiário da Arena para resolver os problemas que o Joinville teve no primeiro turno do Catarinense acabou na demissão do técnico Leandro Campos. De acordo com o ex-técnico, sua saída do clube ocorreu em função do pronunciamento do zagueiro Gustavo, que reclamou por não estar sendo relacionado para as partidas. Ainda conforme Campos, Gustavo só estava no Joinville por ser filho de um dirigente — Valdir Steglich, presidente do conselho deliberativo.

O técnico não gostou da intervenção de Gustavo e condicionou sua permanência no JEC à saída do zagueiro. Os dirigentes ainda tentaram amenizar a situação, mas Campos continuou irredutível. Depois de deixar a Arena sem conversar com a imprensa, o técnico Leandro Campos seguiu para Balneário Camboriú.

A Notícia: Qual foi o motivo do desentendimento com Gustavo?
Leandro Campos: O jogador fez cobranças em relação à escalação dele na equipe. Este tipo de cobrança não é aceitável.

AN: O sr. chegou a colocar a saída do jogador como condição para permancer no clube?
Campos: Sim. Não poderia aceitar uma situação dessa. Ficaria difícil permanecer. Ficaria desmoralizado com jogadores.

AN: Mas o pedido de dispensa do jogador foi provocado pela discussão que vocês tiveram?
Campos: Não. Eu já queria pedir a dispensa dele, que estava lá por causa do pai, que é dirigente. Ele não tem condições de jogar no JEC. Nunca passei por uma situação dessas, de ter um jogador por imposição de dirigentes.

AN: Como o sr. avalia sua saída?
Campos: Fico triste em sair desse jeito. Acho que tinha condições de fazer boa campanha no returno, conseguir a vaga na Série D e brigar pelo título do Estadual.

AN: Como o sr. vê o Joinville na sequencia do campeonato?
Campos: Independentemente de quem for escolhido para o meu lugar, o Joinville tem um bom elenco. O time tem tudo para alcançar os seus objetivos.