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 | 24/06/2008 23h53min

Silas diz que precisa de Juliano e pede apoio da torcida avaiana

Meia, que já se envolveu em episódio polêmico, foi vaiado na Ressacada

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

No intervalo do jogo contra o Ceará, na Ressacada, o técnico avaiano Silas tirou Válber para a entrada de Juliano. Válber estava machucado, fruto de uma série de duras faltas sobre o jogador. O substituto quase anotou o terceiro gol do Avaí, aos 35 do segundo tempo, em um chute que bateu na trave.

Para o treinador, a entrada de Juliano é mais do que uma troca. Trata-se de um fator estratégico para o time. Silas considera o meia um atleta inteligente que agrega um valor diferencial ao Avaí em campo, além de ter qualidades na cobrança de bola parada. Após a vitória por 2 a 1 em cima do time nordestino, Silas enalteceu as características de seus armadores Juliano e Marquinhos.

— O Juliano no jogo contra o Vila Nova foi quem deu o passe para o Marquinhos fazer o gol. Os dois são jogadores que têm características diferentes, eles são inteligentes, posso contar com eles para mudar o esquema dentro de campo. São eles que aumentam ou diminuem o ritmo do time.

A entrada de Juliano, no entanto, provocou vaias da torcida azurra, gestos que demonstram que o torcedor ainda não perdoou Juliano. Isso porque o meia não está entre os favoritos desde o confronto com o Metropolitano, pelo Catarinense 2008.

Na ocasião, Juliano anotou o primeiro para o Leão, porém, perdeu um pênalti, aos 26, quando o adversário vencia por 2 a 1. Quatro minutos depois, o meia recebeu na entrada da área e chutou de primeira no canto direito do goleiro Fernando, fazendo gestos ofensivos para alguns torcedores durante a comemoração do gol.

Após a partida desta terça-feira, Silas saiu em defesa do jogador e pediu compreensão por parte da torcida avaiana. O técnico ainda avisou que precisa de Juliano.

— Ele quase fez o terceiro gol de fora da área, e cada vez que ele pegava na bola o torcedor vaiava. Assim fica difícil. Fiquei chateado com esta situação. O torcedor tem que esquecer o jogo do Catarinense e vir ao Estádio com o peito mais aberto. Ele (Juliano) é humano. E eu vou precisar dele.

 
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