A União Européia rejeitou nesta quarta-feira a proposta da Fifa para estabelecer um limite de cinco jogadores estrangeiros nos clubes europeus. O projeto "6+5" fere os princípios da livre circulação de trabalhadores pelo bloco, segundo Vladimir Spidla, comissário europeu para o trabalho. Para ele, a proposta da Fifa é "incompatível com a legislação comunitária" e pode render processos contra os países que optarem por seguí-la.

— A Comissão Européia deu um cartão vermelho à proposta — disse Spidla.

— Se alguns país permitirem suas associações a seguir com essas leis, estarão em violação das regras européias e seremos obrigados a tomar medidas — afirmou o comissário.

Mesmo assim, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, garante que vai colocar o tema na agenda do Congresso anual da entidade que ocorre no domingo. O parlamento europeu tentou chegar a um acordo com a Fifa, apoiando uma antiga proposta da Uefa. Mas a Fifa rejeitou retirar o tema da agenda.

A proposta da Uefa exige que um clube use um número de jogadores criados em suas divisões de base, mas sem qualquer menção à nacionalidade. Para a UE, a proposta da Uefa "parece estar em linha com o princípio da livre circulação dos trabalhadores, e ao mesmo tempo promove a formação dos jovens jogadores nos clubes europeus, abstraindo da nacionalidade".