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 | 17/05/2008 23h22min

Técnico do Avaí diz que ficou triste com má organização do time

Jogadores não tiveram versatilidade para atuar na mudança de esquema tático

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

O empate em 0 a 0 do Avaí com o ABC-RN pela segunda rodada da Série B, em plena Ressacada, deixou o técnico Silas descontente. Invicto desde que assumiu o Leão, há nove jogos, ele criticou a organização do seu time na segunda etapa do jogo, justamente após as substituições que alteraram o esquema tático — o técnico começou o jogo no 3-5-2 e depois tentou o 4-4-2.

— Fiquei triste com a organização do meu time no segundo tempo. Quando pensei em tirar um zagueiro, estávamos chegando próximos do gol, não tinha porque abrir. Para jogar com linha de quatro, eu tinha que trocar o Jef Silva pelo Zé Rodolfo, e eu não queria queimar esta substituição — disse o técnico.

O lateral Jef Silva tem dificuldades de atuar na marcação, segundo ele mesmo admitiu nos treinamentos no esquema 4-4-2 realizados nesta semana. O jogador tem como característica a arrancada, o que acabou limitando as possibilidades de Silas.

Pouca versatilidade no meio

O técnico ainda afirmou que seus jogadores não souberam atuar com versatilidade dentro da nova estratégia, entre eles um dos seus principais meias de armação dentro de casa, Marquinhos Santos.

— O Marquinhos não estava no seu melhor dia. Quando coloquei ele para volante com o Batista, começamos a tomar muito contra-ataque — disse o treinador.

Falta de confiança no 4-4-2

Sobre a demora em colocar um parceiro para Vandinho na partida, já que Carlinhos entrou apenas após os 13 minutos do segundo tempo, Silas disse que precisa de mais confiança no meio e na defesa, deixando claro que ainda não tem segurança na equipe para entrar em campo no 4-4-2.

— Lógico que minha idéia não é deixar o Vandinho sozinho. Mas para isso eu preciso sentir firmeza do meu meio-de-campo para trás — completou Silas.

Martini destaca marcação

Na opinião do goleiro Martini, um dos principais jogadores da partida, a marcação prevaleceu e foi decisiva para que os dois times ficassem no 0 a 0.

— As duas equipes tiveram oportunidades de gol, mas nenhuma conseguiu bom aproveitamento. A forte marcação foi o que prevaleceu no jogo. O ABC veio para não tomar gol e mostrou eficiência atrás — disse o goleiro azurra ao final do jogo.

 
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