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 | 11/03/2008 11h47min

Dirigente da Williams propõe grid invertido na Fórmula-1

Patrick Head diz que mudança no regulamento traria mais emoção à categoria

Co-proprietário da equipe Williams, o engenheiro Patrick Head sugeriu nesta terça-feira uma mudança no regulamento que pode revolucionar a Fórmula-1. Em entrevista à rede britânica BBB, o veterano da categoria afirmou que um sistema de grid invertido daria mais emoção à categoria. Ou seja, os pilotos mais rápidos largariam nas últimas posições, sem necessidade, portanto, de treinos qualificatórios.

– Gostaria de ver os grids na ordem inversa das posições no campeonato. É o mesmo para todos, e durante uma temporada inteira o cara certo ainda ganharia o campeonato. Se você permitir que os pilotos realizem todos os treinos de classificação e então colocar os mais rápidos na frente e os mais lentos atrás, por que deveria haver alguma ultrapassagem? – questionou.

Envolvido na Fórmula-1 há mais de 30 anos, Head admite que a idéia encontraria muita oposição, mas acredita que o esporte precise de algo que proporcione mais emoção, o que segundo ele tem faltado nos últimos anos. Medidas nesse sentido já foram tomadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no passado.

A mais marcante delas é a recente proibição de reabastecimento entre os treinos de classificação e a corrida, no intuito de possibilitar mudanças de posição durante as provas, já que as equipes passariam a adotar estratégias diferentes. Contudo, nenhuma mudança significativa pôde ser sentida e as equipes de maior poder econômico tem conseguido se manter à frente.

– Estou certo de que haveria gente que reclamaria, mas eu encontro muitas pessoas que dizem gostar (mais) de assistir ao motociclismo, e tenho que dizer que estou um pouco neste grupo, pois não há muitas ultrapassagens na Fórmula 1. Nós tivemos algumas corridas em Mônaco em que os pilotos ficaram 30 ou 40 voltas retidos atrás de um carro um ou dois segundos mais lento. Acho que isto é triste.

Head também se antecipou aos críticos que poderiam argumentar que a proposta só surgiu em um momento em que a Williams não está entre os melhores carros da categoria. Ele garante que mesmo quando sua equipe teve épocas de domínio na Fórmula-1 (nas décadas de 1980 e 1990) ele não se sentia motivado e deu a mesma sugestão a FIA quando sua equipe estava ganhando corridas.

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