Destaque do Atlético-MG no Brasileirão, o lateral-direito Coelho, 24 anos, deve ser o primeiro reforço colorado para 2008. Boas atuações e quatro gols feitos no campeonato renderam elogios do técnico colorado, Abel Braga, o que encheu de orgulho o jogador, um dos três indicados da posição para o prêmio Craque Brasileirão 2007, da CBF.

Com o fim do empréstimo ao Galo, Coelho voltou a São Paulo. Definirá ainda esta semana seu futuro com a direção do Corinthians, com quem tem contrato até maio de 2009 - 40% dos direitos econômicos são seus, outros 40% do Timão e 20% da ex-parceira alvinegra MSI.

- É questão de tempo. O Inter já mostrou interesse e Coelho gostou. Falta os clubes se acertarem - diz Marcelo Djian, empresário do atleta.

Na segunda-feira, Coelho conversou com o Diário Gaúcho. Leia os principais trechos da entrevista:

Diário Gaúcho - Tens proposta do Inter?

Coelho - Há boatos sobre interesse, nada oficial. Ainda não conversei com ninguém do Inter, mas seria um prazer atuar aí. O Inter é campeão do mundo e teria muito orgulho em vestir a camiseta colorada.

DG - A queda do Corinthians, dono de parte dos teus direitos, facilitaria a negociação?

Coelho - Depende do planejamento da diretoria. Tenho bom relacionamento e, se acharem que sou importante, posso jogar a Série B. Mas nessas horas tem de pensar no lado pessoal. Lógico que jogar a Primeira Divisão é melhor.

DG - Quando haverá a definição?

Coelho - Estou em São Paulo e devo falar com a diretoria nesta semana. Certo é que não fico em Belo Horizonte.

DG - O que conheces do Inter?

Coelho - Tenho amigos aí, como Nilmar, Gil e Magrão (todos ex-Corinthians). Converso com eles, sei que a estrutura é muito boa. Falam bem da torcida e da cidade. Sei que o clube está montando um grande time e que Abel é um grande treinador.

DG - O Inter seria um salto na carreira?

Coelho - Sem dúvida, o Inter dá muita projeção aos jogadores. Quem sabe posso chegar à Seleção? É o sonho de todos.

DG - Quais tuas características?

Coelho - Sou um lateral que sabe marcar e apoiar. Já joguei de zagueiro e volante. Gosto de cobrar faltas também. Sempre entro em campo para vencer. Isso ficou provado ontem (domingo). Vencemos o Palmeiras, em São Paulo, sem nos preocupar se ajudaríamos o rival (o Cruzeiro disputava a vaga na Libertadores com o Verdão).