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 | 15/11/2007 06h39min

Anderson: "Sinto falta de Porto Alegre"

Meia do Manchester curte folga do campeonato inglês perto dos amigos e da família

Mariane Hahn  |  mariane.hahn@zerohora.com.br

Fazia quase um ano, mas o reencontro finalmente ocorreu. Anderson desembarcou em Porto Alegre na última segunda-feira para rever a família e amigos na semana que terá de folga do Campeonato Inglês. Há mais de dois anos fora do Brasil, o ex-atacante do Grêmio garante que é da cidade onde nasceu que tem mais saudade.

— Ainda sinto falta de Porto Alegre e saudade dos meus amigos. Gosto de estar junto dos deles, das pessoas que eu gosto, que eu tenho carinho. A minha casa está sempre cheia de gente e aberta para as pessoas — conta o jogador, acomodado no sofá preferido de seu apartamento no bairro Santa Teresa.

Aos 19 anos, Anderson demonstra personalidade quando fala da carreira. Mas garante que ainda faz "coisas de guri", principalmente quando está próximo dos amigos:

— Nunca estou aqui, então quando venho, aproveito. Paintball, kart, caminhar no Parcão. A coisa que eu mais gosto é andar de pés descalços. Às vezes eu vou no Praia de Belas e esqueço o tênis no carro.

Ainda com sotaque português — ele se transferiu do Porto para o Manchester há três meses —, conta que está em fase de adaptação na Inglaterra, principalmente na língua. Mas destaca que tem feito evoluções.

— Procuro fazer aulas todos os dias, assistir à televisão, filmes, procuro falar em inglês e não muito português. O clube exige, mas os jogadores querem te conhecer melhor e pedem: "Speak English, please" — conta Anderson, que arriscou um "how are you, my friend?".

A cobertura que ele mantém em Porto Alegre, onde gosta de receber os amigos, tem vista para o Olímpico. É no estádio onde foi revelado que fará trabalhos durante a semana para manter a forma física. Herói da Batalha dos Aflitos, em 2005, não aceita levar o crédito sozinho:

— Todo mundo ali teve uma força, fé e concentração. A torcida, o Galatto, o Lucas, todos que estavam ali (no pênalti a favor do Náutico). Nosso trabalho estava indo por água abaixo por um erro, não sabemos se do juiz. Mas é como a gente diz, papai do céu estava guardando uma coisa melhor — lembra, sorrindo.

O gol que marcou em seguida à defesa de Galatto, ele guarda com carinho na memória:

— Eu só pensei: para me parar, eles vão ter que me derrubar, daí é pênalti.

 
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