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 | 29/04/2007 18h08min

Grêmio e Juventude empatam no Alfredo Jaconi

Rivais fazem jogo eletrizante de seis gols na primeira final do Gauchão

Tudo igual na primeira partida da decisão do Gauchão. Em um jogo eletrizante e recheado de emoções até o último minuto, Grêmio e Juventude empataram em 3 a 3 na tarde deste domingo, no Alfredo Jaconi. O Tricolor saiu na frente e cedeu a virada, mas conseguiu o empate aos 46 minutos do segundo tempo.

Agora, ficou tudo para o próximo domingo, no Olímpico. Como o regulamento prevê saldo de gols qualificado, o time de Mano Menezes pode empatar em até dois gols para conquistar o bicampeonato. A equipe de Ivo Wortmann, por sua vez, precisa de uma vitória simples ou empate em mais de três gols para levar a taça para Caxias do Sul.

Foi um jogaço digno dos times de melhor campanha no Gauchão. Sem nenhum titular poupado para o jogo de quarta contra o São Paulo, pela Libertadores, o Grêmio começou melhor. Carlos Eduardo, flutuando pelos dois lados do campo, infernizou os defensores do Juventude.

O jovem atacante encontrou mais facilidade pelo lado esquerdo. Logo aos dois minutos, ele foi lançado na ponta por Tcheco, deu um drible seco em Michel e chutou no ângulo esquerdo de André: 1a 0. Aos seis, ele se livrou da marcação na ponta e cruzou para Tuta, de voleio, chutar para a boa defesa do goleiro papo.

Aos poucos, porém, o Juventude começou a reagir. Aos 14, Michel acertou o travessão de Saja, mesmo sem querer. Aos 28, Radamés cobrou falta da esquerda e William, de cabeça, estufou as redes. Mas o gol foi mal anulado pela arbitragem, que marcou impedimento. Quatro minutos depois, também em lance de bola parada, Wescley fez de cabeça e desta vez o gol foi validado.

Mas a alegria da papada durou pouco. Um minuto depois, Tcheco lançou Carlos Eduardo. André saiu da área para tentar interceptar, mas foi enganado pelo quique e hesitou em tirar a bola com a mão, sob o risco de ser expulso. Teve de se resignar ao ver Carlos Eduardo apenas rolar para o gol vazio.

Mas se o primeiro tempo foi do Grêmio, o segundo foi do Juventude. No intervalo, Ivo Wortmann sacou o ala Michel para a entrada do jovem atacante Gabriel. A alteração surtiu efeito rápido e, aos seis minutos, Cristiano Tiririca empatou. Ele roubou a bola no campo de defesa, passou por Teco e chutou rasteiro da entrada da área, no cantinho direito de Saja. Outro golaço.

Com o jogo empatado, o Grêmio poderia ter pulado à frente no marcador em quatro oportunidades. Primeiro aos 11, com Patrício. Depois aos 15, com Sandro, em grande defesa de André. E por último aos 17 e aos 35, com Tuta. O centroavante perdeu dois gols feitos. Como quem não faz leva, o Juventude marcou com Da Silva, aos 35, em outro chute no canto direito.

Aos 40 minutos, Patrício e Juliano trocaram agressões na linha lateral e foram expulsos. Com mais espaço, o jogo ganhou em dramaticidade. Ambos os times seguiram ofensivos, dando a impressão de que um gol poderia sair a qualquer minuto. E saiu. Aos 46, Tuta se redimiu com a torcida pelos erros anteriores e deixou tudo igual no Jaconi.

MÁRCIO LUIZ
marcio.luiz@rbsonline.com.br

 
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