Uniforme novo, vida nova. Na estréia de sua terceira camisa, o Palmeiras encarou o São Caetano no início da noite deste sábado, no Parque Antártica, disposto a apagar a má impressão deixada na goleada sofrida para o Santos no domingo passado e voltar a se distanciar da zona de rebaixamento. E conseguiu, com uma virada incontestável: 3 a 1. O resultado leva a equipe a 30 pontos na tabela e deixa o São Caetano na zona de rebaixamento.

O Azulão, que contava com a estréia do técnico Hélio dos Anjos, foi um adversário difícil de ser batido e começou a partida mostrando serviço. Logo aos 2 minutos, a torcida palmeirense levou um susto sem tamanho. Anderson Lima cobrou escanteio pela direita, a zaga palmeirense afastou mal e Marcelinho, com um bonito chute, acertou o ângulo superior esquerdo de Diego Cavalieri, que pulou, mas não chegou.

O gol poderia trazer à tona velhos fantasmas, mas Daniel, seis minutos depois, devolveu a tranqüilidade para os comandados de Tite, usando a mesma arma rival. Paulo Baier cobrou escanteio e o camisa seis subiu mais do que a zaga do São Caetano para deixar tudo igual. A sorte também deu o ar da graça no Palestra, ajudando o time de Tite a não levar o gol em duas oportunidades, ambas com Wellington Amorim frente a frente com o camisa um alviverde, e a virada veio para enterrar definitivamente as bruxas do azar.

Edmundo bateu de longe, Mauro rebateu e Enílton, no rebote, ganhou a dividida com o goleiro e cruzou certeiro na cabeça de Paulo Baier, o vilão da Vila, que apenas cutucou e saiu para abraçar o técnico Tite: 2 a 1 Palmeiras. O cruzamento perfeito para o gol da virada foi o último lance do camisa nove na partida. Com dores na coxa, o atacante desabou no gramado e teve que ser substituído por Marcinho, descendo de maca para os vestiários.

O rendimento do ataque, no entanto, continuou alto, e aos 32 minutos, Edmundo, depois de bela jogada do ala Chiquinho, aproveitou o vacilo da zaga, tirou de Gustavo e tocou de bico, da entrada da área, longe do alcance de Mauro: golaço e tranqüilidade no Palestra, que respirou aliviado durante o intervalo do duelo.

Na etapa final, o trabalho foi facilitado pela boa vantagem conquistada nos primeiros 45 minutos. Tocando a bola com consciência, o Verdão continuou soberano na partida e criando chances para marcar mais gols. Paulo Baier balançou as redes pela segunda vez aos 8 minutos, mas o árbitro estragou a festa marcando impedimento. Marcinho também teve chances de castigar seu ex-clube, mas parou nas mãos de Mauro, e o jogo terminou mesmo 3 a 1, com os gritos de "olé" da torcida.

No próximo domingo, o Palmeiras inicia sua excursão pelo país e enfrenta o primeiro dos quatro adversários longe do Palestra. Em Belo Horizonte, tentará superar o Cruzeiro, em jogo marcado para as 16h. No mesmo dia e horário, o São Caetano vai a Caxias do Sul encarar o Juventude, no Alfredo Jaconi.

GAZETA PRESS