Muita coisa aconteceu no vestiário do Santa Cruz após a derrota para o São Paulo por 3 a 1, no Estádio do Arruda, no último domingo. Depois da partida, o técnico Mauricio Simões entregou o cargo. Horas depois, foi anunciada a dispensa do até então capitão do time, o zagueiro Váldson. Mas o jogador fez uma revelação, no mínimo curiosa: ele diz que recebeu agressões no vestiário.

Segundo Váldson, ele apanhou do presidente do lanterna do Campeonato Brasileiro, Romerito Jatobá, assim como do filho do dirigente, Romero Jatobá Neto, e mais outras pessoas que ele não conseguiu identificar.

– Esperaram os jogadores irem embora e bateram em mim. Foram mais de três pessoas, mas eu só reconheci o presidente e o filho dele. Depois, o presidente ameaçou dar um tiro na minha cabeça – afirmou o jogador.

Em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco desta terça, o zagueiro afirmou que teve que sair correndo do estádio.

– Eu saí corrido do Arruda. Fui tratado como um bandido, e eu não mereço isso. Vim para o Santa Cruz para tentar ajudar, não para ser agredido por uma pessoa que diz ser presidente, mas é um torcedor de futebol. Vou voltar para a minha terra, Sergipe, porque não estou me sentindo seguro no Recife – declarou.

O filho do presidente, que também é diretor de futebol do Santa Cruz, negou a acusação.

– No intervalo do jogo, meu pai desceu para falar com os jogadores e nesse momento Váldson soltou algumas brincadeiras. Após o jogo, ele fez a mesma coisa e por isso dissemos que ele não nos interessava mais – concluiu Romero Jatobá Neto.

GAZETA PRESS