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 | 09/07/2006 20h39min

Mundial da Alemanha se destaca no quesito segurança

Apesar da grande preocupação e precaução, torcedores se comportaram

Apesar das inúmeras ameaças que rondavam a Copa do Mundo no quesito segurança, a Alemanha foi uma ótima anfitriã para os torcedores de todo o planeta. Assim como o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo, o alemão Franz Beckenbauer, o ministro do Interior e do Esporte da Alemanha, Wolfgang Schäuble, pode receber os parabéns pela organização do evento.

O Mundial terminou sem maiores preocupações para os alemães. Os torcedores se comportaram bem, a extrema direita não perturbou e os skinheads não fizeram manifestações de apoio ao Irã. Além disso, não se cumpriu a previsão de desembarque de 40 mil prostitutas.

– Os torcedores que estiveram na Copa não são os mesmos do Campeonato Alemão ou de outras competições nacionais. Este é um público mais seleto, pois ir para um Mundial é caro – declarou Schäuble.

O ministro do Interior preparou um contingente de 250 mil policiais, além de posicionar dois mil soldados em pontos estratégicos do país, enquanto outros cinco mil ficaram em estado de alerta prontos para atuarem a qualquer momento. Outra medida foi tomada pela Otan, que patrulhou o espaço aéreo alemão com seus aviões AWACS.

Apesar de toda esta segurança, os hooligans conseguiram chamar a atenção da Polícia Alemã. Detectá-los e interceptá-los foi a principal tarefa dos policiais e dos 323 estrangeiros. Grande parte dos torcedores violentos foi visitada em casa por agentes. Depois disso, a polícia diferenciou os hooligans dos torcedores bêbados, que receberam um tratamento bem diferente dos primeiros.

A prática da visita domiciliar também ocorreu com a extrema direita, que tinha anunciado manifestações de apoio ao Irã e ao presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Schäuble também afirmou que nunca acreditou na previsão de que 40 mil prostitutas chegariam à Alemanha durante o Mundial. Este rumor foi levantado por um grupo de deputados da União Européia, que disseram que até 40 mil mulheres poderiam entrar no país através das máfias do leste europeu. Entretanto, os 30 dias de competição não apenas mostraram que a previsão estava errada, como houve uma queda na procura pelos serviços dos bordéis alemães.

AGÊNCIA EFE

 
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