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 | 03/07/2006 15h05min

Thuram diz que França aprendeu com 2002 e 2004

Zagueiro afirma que espírito de equipe é a garantia de sucesso do time

O zagueiro Lilian Thuram afirmou nesta segunda que a seleção francesa aprendeu muito com os erros cometidos no Mundial de 2002 e na Eurocopa de 2004, que ensinaram ao grupo que o único caminho a seguir é a humildade. Com 34 anos, após anunciar sua aposentadoria e voltar, ao lado de Zinedine Zidane e Claude Makelele, para ajudar a seleção francesa a se classificar ao Mundial da Alemanha, Thuram assegurou que o espírito de equipe é a garantia de sucesso do grupo comandado por Raymond Domenech.

– Pode ser que as eliminações em 2002 e 2004 tenham nos servido de alguma coisa. Os erros do passado nos serviram para compreender que só há um caminho a seguir – disse Thuram.

Para o zagueiro da Juventus, a seleção grega, campeã da Europa em 2004, é o melhor exemplo de que uma grande equipe não tem por que ser formada por grandes jogadores.

– No futebol, há egos muito fortes. Temos que nos esquecer disso, sabendo que isso não nos torna melhores. Hoje, é o caso, e aconteça o que acontecer, estou feliz em ter voltado. Se a França obteve estes resultados, é graças a essa humildade – completou.

Thuram, jogador com maior número de partidas pela seleção francesa, com 119 jogos, assegurou que este comportamento está sendo uma surpresa para ele.

– Podemos dizer que há um trabalho do técnico, mas, antes de tudo, existe uma reflexão dos jogadores. O treinador pode falar de disciplina durante horas, mas se nós não somos receptivos, não serve de nada – afirmou.

Thuram destacou que o segredo da atual fase da equipe é a solidariedade entre seus integrantes.

– A partir de um determinado momento, jogamos como um bloco. É o segredo de todo o sucesso. Às vezes, em algumas equipes, os jogadores não fazem o esforço de colocar-se à disposição dos outros – completou.

Nesse sentido, ele destaca que a França recuperou parte do espírito de grupo que levou a seleção à vitória na Copa de 1998.

– A força desta equipe é que chegamos ao Mundial com todo mundo dizendo que não se sabia o que ia acontecer, e que daríamos o melhor de nós para avançar – afirmou.

AGÊNCIA EFE
 
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