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 | 30/06/2006 14h47min

Alemanha bate a Argentina nos pênaltis e está na semifinal

Lehmann fez duas grandes defesas e acabou com o sonho do tri dos hermanos

O técnico Juergen Klinsmann arriscou. Colocou o melhor jogador da Copa de 2002 de campo, o goleiro Oliver Kahn, no banco de reservas e apostou em Jens Lehmann. Hoje, o camisa 1 escreveu seu nome na história ao defender dois pênaltis no duelo com Argentina e confirmar os 4 a 2 dos anfitriões, que estão na semi-final do Mundial. Ballack, Neuville, Borowski e Podolski cobraram e garantiram os gols alemães no Estádio Olímpico de Berlim. Maxi Rodríguez e Julio Cruz balançaram as redes, mas os chutes de Ayala e Cambiasso pararam nas mãos de Lehmann.

Típica decisão: jogo nervoso, marcação forte, poucos arremates a gol e muita velocidade. Apesar do equilíbrio em campo, os anfitriões criaram mais oportunidades e tiveram a chance mais clara do primeiro tempo para abrir o marcador. Em um contra-ataque, aos 16 minutos, Schneider furou a defesa argentina, tocou para Ballack, que meteu a cabeça na bola, mas conseguiu mandar pra fora.

Fora o susto, os comandados e José Pekerman valorizaram os toque de bola e atingiram o objetivo de segurar o blitzkrieg alemão no primeiro tempo de jogo. As investidas dos hermanos se davam principalmente pela esquerda com Sorín, porém, paravam os cortes precisos da defesa adversária. No ataque, Tevez apresentou uma melhor movimentação que Crespo, um tanto apagado na partida.

Na segunda etapa, os hermanos conquistaram vantagem no marcador logo aos três minutos. Em cobrança de escanteio de Riquelme, Ayala driblou a marcação de Klose, meteu a cabeça na bola, sem chances para Lehmann: 1 a 0. Após o gol, a velha catimba entrou em campo, e os argentinos se trancaram na defesa, enquanto os alemães, um tanto nervosos, insistiam no ataque.

A torcida em azul e branco cantava nas arquibancadas, comemorando a vaga praticamente assegurada. Porém, a festa acabou aos 35 minutos. Em lançamento de Ballack da esquerda, Borowski desviou para Klose, também de cabeça, confirmar o gol da Alemanha. A esperança ressurgia.

Os dois times pouco arriscaram e levaram a partida para a prorrogação. No primeiro tempo, a Alemanha chegou com mais força ao ataque, porém, não criou chances claras para matar a partida. Já na segunda etapa, a Argentina levou pequena vantagem, com três bolas de fora da área: uma de Tevez e duas de Coloccini. Equipes cansadas, muitas faltas e pouca qualidade: a decisão nas penalidades foi inevitável.

Neuville abriu as cobranças para a Alemanha e confirmou, sem chances para o goleiro Leonardo Franco, substituto de Abbondanzieri, que saiu de campo sentindo o quadril após dividida dentro da área com o adversário.

Ballack, Borowski e Podolski bateram e balançaram as redes. Maxí Rodriguez e Julio Cruz fizeram para a Argentina. Já Ayala não teve a mesma sorte e bateu para defesa de Lehmann. Cambiasso tinha o compromisso de marcar, mas também não venceu o peredão germânico e extinguiu as chances sul-americanas de avançar da competição: Alemanha 4x2 Argentina. Definitivamente, eles não organizaram uma Copa para entregar a taça aos adversários.

ANA MARIA ACKER
 
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