Em uma edição que teve as atrações nacionais Titãs e Rita Lee e a gauchada do Cidadão Quem e Maria do Relento mandou muito bem seus rifes de guitarra, foi a carioca Fernanda Abreu quem mais emocionou a plateia do Planeta Atlântida.

O ano era 1996 e o festival iniciava a mudança em Atlântida e no cenário dos grandes shows nacionais. Fernanda praticamente debutou em termos de público em um show solo e não conteve a emoção. Quando saiu do palco, às lágrimas, festejou:

— Foi o melhor show da minha vida, me senti os Beatles. Nem sei explicar o que aconteceu, esta plateia é sensacional. Talvez tecnicamente a apresentação não tenha sido perfeita, mas em termos de emoção eu nunca tinha feito um show destes.

Olha o que saiu no Segundo Caderno de Zero Hora sobre o show da morena:

"A suingue sangue bom das pistas de dança transformou a lama em pista de dança desde a abertura do show, com Veneno da Lata. Dos hits dance (Jorge de Capadócia, Rio 40 Graus) às lentinhas, acompanhadas com coro e coreografia de braços (Do seu olhar) e as músicas do mais recente disco, Da Lata (Garota Sangue Bom, Rio Babilônia), Fernanda comandou com maestria uma massa de corpos saculejantes e hipnotizados.

Ela afirmou por diversas vezes que aquela era a plateia que pediu a Deus. Depois de mais de uma hora, quando o povo acreditava que já tinha dançado tudo o que podia, Fernanda mandou ver com É hoje, que gravou para um comercial de tevê."