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O presidente argentino Eduardo Duhalde admitiu a possibilidade de antecipar as eleições presidenciais marcadas para 14 de setembro de 2003. Em declaração à TV América 2, na noite de terça-feira, Duhalde condicionou a antecipação das eleições à recuperação econômica. Ele também afirmou que não vai renunciar, independentemente da intensidade dos protestos e da situação do país.
Além disso, Duhalde atacou seu maior inimigo político dentro do partido peronista, o ex-presidente Carlos Menem, que havia dito que a cotação do dólar dispararia para 4 pesos e haveria hiperinflação. O presidente afirmou que a postura de Menem é "muito daninha" para o país.
O vice-ministro da Economia, Jorge Todesca, estimou que a Argentina precisaria de uma ajuda financeira internacional de até US$ 23 bilhões para começar a reconstruir sua economia. Segundo Todesca, crises como a que a Argentina passa exigem cerca de 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A estimativa do vice-ministro é baseada sobre o PIB de 2001, antes da desvalorização do peso. No entanto, ele ressaltou que "isto não quer dizer que estejamos negociando sobre estas cifras com os organismos (credores internacionais)".
Em Washington, nos Estados Unidos, o porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Thomas Dawson, informou que as negociações entre a instituição e o governo argentino não tem data oficial para começar. O ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, se encontrou nesta quarta-feira, dia 13, e terça-feira com representantes do Fundo, do governo norte-americano, do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. O diretor-gerente, Horst Köhler, elogiou a visita a Lenicov.
O Fundo deverá enviar uma missão negociadora à Argentina. A visita de Lenicov a Washington terminou nesta quarta, encerrando dois dias cheios de reuniões.
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