| 27/10/2005 15h23min
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) declarou nesta tarde, durante uma superacareação da CPI do Mensalão, que talvez não tenha havido um mensalão mas sim um "semanão". Ele contestou a afirmação do presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, de que não houve mensalão porque não haveria periodicidade mensal nos repasses de recursos feitos pelo empresário Marcos Valério.
Contestando a afirmação, Redecker apresentou um levantamento que fez com base na quebra de sigilo bancário da empresa Guaranhuns. A empresa recebeu recursos da agência SMP&B por intermédio de cheques e transferências destinados a vários bancos.
De acordo com o deputado, os valores somavam R$ 500 mil por semana nos primeiros meses, em 2003 e, em 2004, passaram a somar R$ 300 mil por semana. O deputado detectou esses depósitos semanais em um período de 18 meses.
O deputado João Correia (PMDB-AC) perguntou à funcionária da SMP&B Simone Vasconcelos por que os maiores saques na conta da empresa não estão acompanhados de faxes que, em outros casos, identificam os beneficiários dos recursos. A diretora respondeu que, quando ela mesma fazia os saques e entregava pessoalmente ao beneficiário que não queria ser identificado, não era necessário repassar a informação ao Banco Rural.
AGÊNCIA CÂMARAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.