| 27/10/2005 10h53min
A superacareação entre oito personagens envolvidos na atual crise política começou há pouco na CPI do Mensalão. O empresário Marcos Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ficarão frente a frente para explicar os empréstimos concedidos ao partido e o suposto esquema de compra de parlamentares.
Delúbio poderá ficar calado e não responder a perguntas que o incriminem graças a uma liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de hábeas corpus funciona como salvo-conduto para que o ex-tesoureiro não seja preso por falso testemunho.
A diretora financeira da agência SMPB, Simone Vasconcelos, também participará da sessão. Eles eram os responsáveis pelas contas e pela definição dos beneficiários dos recursos captados por Valério. Também comparecerão à audiência alguns supostos destinatários: o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos, o assessor do PP João Cláudio Genu e o primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri.
Valério, Simone e Delúbio ficarão juntos na Mesa Diretora da CPI. Os três estão sentados lado a lado – a secretária está entre Valério e Delúbio. Todos aparentam tranqüilidade. Os demais convocados serão chamados um a um e tanto o relator quanto o presidente da comissão asseguram que não haverá debates paralelos.
A sala 19 da ala Alexandre Costa, no Senado, está completamente tomada. Após a abertura dos trabalhos, o relator Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) começou a fazer um breve relato sobre as investigações. O presidente Amir Lando (PMDB-RO) garantiu objetividade na sessão.
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