| 20/10/2005 13h19min
A tenista Nanda Alves participou de um bate-bola descontraído com alunos do projeto Esporte na Ilha da Criança, na quarta, nas quadras da Federação Catarinense de Tênis (FCF), em Florianópolis.
Por um dia, Nanda se tornou professora de uma turma de cerca de 30 meninos e meninas do projeto. Atualmente, o Esporte na Ilha da Criança atende 480 alunos de famílias de baixa renda, moradores das comunidades menos favorecidas da Região central de Florianópolis, no bairro Agronômica. Para participar, a criança tem que freqüentar a escola.
O projeto é desenvolvido pelo Instituto Guga Kuerten (IGK) em parceria com o Instituto Vivo, FCF, Prefeitura Municipal de Florianópolis e Comitê para Democratização da Informática. Os pais de Nanda – o técnico Carlos Alves e a professora de tênis, Maria Cristina – também estão envolvidos diretamente nos trabalhos do projeto, criado em 2001.
– Eu sempre que estou aqui (em Florianópolis), aproveito para dar uma passada no projeto, quando possível. No começo é sempre complicado o aprendizado, mas depois eles vão aprendendo e o nível de cada um vai melhorando. Alguns meninos já estão batendo legal na bola. Eles evoluem tanto como esportista quanto pessoa, pois sabem que as bolinhas e raquetes são de todo mundo. Então, eles começam a cuidar e guardam tudo direitinho – comemorou Nanda.
As crianças também têm a comemorar, já que podem bater bola e pegar umas dicas com a número 1 do Brasil. Segundo o coordenador de esporte do IGK, Perseu Lehmkuhl, a interação com um tenista profissional incentiva cada vez mais o envolvimento dos alunos com o esporte:
– Todo o dia aparecem tenistas para treinar aqui nas quadras da FCF e eles podem ver um pouco do que é o tênis profissional. Eles contam com professores que são pais de uma profissional (Carlinhos e Maria Cristina Alves) e isso dá mais confiança – disse Perseu, que acrescentou que o objetivo do projeto não é formar atletas, mas, sim, educar pelo esporte.
Para Carlinhos Alves, o tênis e os demais esportes possuem uma função transformadora na sociedade:
– Nós fazemos tênis de nível profissional e tênis de cunho social. Fazemos tênis desta maneira, porque um complementa o outro. Isso é educação e é uma forma de melhorar o futuro da sociedade. O tênis e os demais esportes são instrumentos para isso. Vários alunos desde projeto já viraram professores em outros projetos aqui em Santa Catarina – disse o técnico.
Depois do bate-bola com a criançada, Nanda retornou aos trabalhos de preparação para a reta final da temporada 2005. Na rotina da número 1 do Brasil estão exercícios físicos e treinos leves em quadra. Nanda fica em Florianópolis até a quarta da semana que vem, quando embarca para os EUA, onde disputa o qualifying do WTA da Philadelphia (evento Tier II, com US$ 585 mil em prêmios). Depois, a tenista segue no país norte-americano para jogar em Pittsburg, Tucson e Palm Beach Garden. O quinto e último compromisso de Nanda no ano será em Dubai, nos Emirados Árabes.
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