| 20/10/2005 10h19min
Cerca de 21 mil empregos podem ser cortados no Estado de São Paulo por causa da redução de exportação causada pelo foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. A previsão é dos frigoríficos, que, em alguns casos, já colocaram os trabalhadores em férias coletivas. O presidente do Sindicato de Frios do Estado de São Paulo (Sindifrios), Edvar Vilela de Queiroz, descartou a possibilidade de haver demissões neste momento. Foi firmado um acordo entre o sindicato patronal e a Força Sindical para que não haja desligamentos nos próximos 30 dias. O setor emprega 250 mil trabalhadores no país, sendo 70 mil somente no Estado de São Paulo.
Entre as alternativas para evitar prejuízos, os frigoríficos estão optando pelas férias coletivas e licenças remuneradas. Na região de São José do Rio Preto, por exemplo, há indústrias que já colocaram esses mecanismos em prática.
– Em uma empresa, dos 1,2 mil funcionários, 154 saíram em férias, 755 estão de folga e outros 118 serão demitidos – afirma Eurides Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de São José do Rio Preto e Região.
Há quem acredite, no entanto, que a previsão de demissão não passa de alarde.
Pela previsão da entidade, o país deverá exportar 2 milhões de toneladas de carne bovina nesse ano, sendo 1,4 milhão de São Paulo.
Empresários e sindicalistas marcaram uma manifestação para hoje na Avenida Paulista em defesa dos empregos no setor. Um dos protestos contará com a presença de cem bois.
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