| 17/10/2005 21h33min
A direção do Avaí apresentou nesta segunda, dia 17, os documentos relativos à contabilidade do clube, que foram pedidos judicialmente na semana passada por 12 conselheiros do clube. O grupo faz parte da oposição ao presidente João Nilson Zunino e deverá compor uma chapa para as eleições do Conselho Deliberativo do clube, em novembro.
Entre os papéis solicitados pelos conselheiros estavam, principalmente, aqueles relacionados a transações internacionais de jogadores. Antes mesmo de ser citado pela Justiça, o departamento jurídico do Leão resolveu mostrar os documentos.
Estiveram presentes na defesa das contas da direção o diretor jurídico, Lídio Moisés da Cruz; os advogados Sandro Barreto e Nilson Quadros; dois auditores externos que participaram da auditoria nas contas do clube encomendada pela atual administração; e o presidente do Conselho Fiscal, Flávio Cruz.
Os profissionais esmiuçaram a dívida do clube, que hoje é de R$ 12 milhões e pode chegar a R$ 15 milhões até o final do ano. Do total, R$ 10 milhões seriam a longo prazo.
Para o presidente Zunino, a exigência dos documentos faz parte de uma disputa com fins apenas políticos:
– Os problemas são muito sérios no futebol brasileiro. Precisamos ser criativos e unir forças, e não fazer picuinhas. Isso é politicagem chula, barata, é de um ridículo que não dá para entender – comentou em entrevista ao repórter Hélton Luiz, da rádio CBN/Diário.
Sobre o atual elenco, o dirigente afirmou que a tendência é manter a base do time de 2005. Zunino garantiu que o Avaí vai montar um time apto à disputa do título do próximo Estadual. A previsão é de que nesta terça seja anunciada a primeira lista de rescisões de contratos dos jogadores.
Zunino disse ainda que dois fundos de investidores teriam o interesse de investir no Avaí, estimulados por um relatório feito pela Fundação Getúlio Vargas, que recomendou o investimento no clube.
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