| 17/10/2005 16h47min
O comércio se beneficiou da conjuntura econômica favorável no primeiro semestre. Segundo levantamento da Serasa, o faturamento das grandes empresas cresceu 7,2% (já descontada a inflação) de janeiro a junho. Entre as pequenas e médias empresas, o crescimento foi de 6% no período. Para os técnicos da entidade, a estabilidade econômica, a elevação do nível de emprego e a ampliação da massa salarial contribuíram para o aumento da confiança dos consumidores e a conseqüente melhoria nas vendas.
Foram pesquisadas cerca de 1,3 mil empresas de capital aberto e fechado. As vendas de bens duráveis impulsionaram o comércio, com destaque para a comercialização de veículos. As vendas das grandes empresas cresceram 22,3% no período. Entre as pequenas e médias empresas o crescimento foi de 16,9%. De acordo com os economistas, as vendas de carros aumentaram bastante com o aumento da produção de veículos bicombustíveis. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de veículos movidos a álcool e a gasolina representaram em agosto 62% do total.
Também favoreceram as menores taxas de juros cobradas em financiamento de carros, que são menores que as cobradas em outras modalidades de financiamento. Outro destaque do comércio foi o desempenho do segmento de combustíveis. As vendas das grandes empresas desse segmento cresceram 13,2%, em razão da maior margem de repasse da alta do petróleo, da oferta de um maior mix de produtos e, ainda, pelo maior consumo de álcool hidratado. Nas pequenas e médias empresas o crescimento foi de 10,3% porque tiveram menor margem de repasse da alta do petróleo.
As vendas de alimentos caíram no primeiro semestre por conta da forte deflação de preços no período, principalmente de alimentos com grandes volumes comercializados como arroz, soja, leite e carne. As grandes redes de supermercados tiveram um impacto menor devido às promoções que alavancaram as vendas de outros produtos, ligados a eletrodomésticos e eletroeletrônicos, o que não ocorreu no pequeno varejo. Entre as grandes empresas, a queda nas vendas chegou a 0,6%. Nas médias e pequenas empresas o resultado foi ainda pior, com redução de 6,4% nas vendas.
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