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 | 13/10/2005 20h02min

Paraguai nega ser origem da aftosa no Mato Grosso do Sul

Foco foi detectado em 153 cabeças de gado da cidade de Eldorado

O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai negou hoje que o foco de febre aftosa detectado no Mato Grosso do Sul proceda do país. O vice-ministro das Relações Exteriores, Emilio Giménez, declarou à Rádio Cardeal que o próprio ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Roberto Rodrigues, "reconhece que o foco é exclusivamente brasileiro".

Giménez destacou que funcionários do serviço veterinário do Mato Grosso do Sul admitiram que "o tipo de cepa parece não ser o que costuma aparecer no Paraguai". No entanto, o governador do Mato Grosso do Sul, José Orcílio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, disse hoje após uma reunião com Rodrigues em Brasília que considera estranho que todos os focos no estado apareçam "por coincidência na fronteira com o Paraguai".

Giménez rebateu.

– Temos provas suficientes de que não é isso que acontece. Ontem houve uma reunião entre técnicos paraguaios e brasileiros na fronteira, e foi muito bem esclarecido que o Paraguai não tem nada a ver com a aftosa.

O foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul foi detectado em 153 cabeças de gado da fazenda Vezozzo, no município de Eldorado, a 45 quilômetros da fronteira com o departamento (estado) paraguaio de Canindeyú. Fontes do Mistério das Relações Exteriores do Paraguai estranharam o surgimento dessas suspeitas no Brasil, quando as próprias autoridades brasileiras reconhecem que se trata de um problema interno.

Comentando o controle fronteiriço decretado pelas autoridades de Assunção, Giménez esclareceu que se trata de "uma barreira sanitária para impedir a entrada de animais infectados". O vice-ministro acrescentou que o Ministério de Agricultura e Pecuária e as autoridades veterinárias paraguaias podem ordenar uma nova vacinação do gado na região de maior risco fronteiriça com o Mato Grosso do Sul.

AGÊNCIA EFE
 

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