Aves e suínos criados em sistema de integração (quando o produtor tem vínculo direto de fornecimento com alguma agroindústria de processamento de carnes) podem circular pela divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada ontem em Porto Alegre em encontro das entidades do agronegócio dos três Estados do Sul com o Ministério da Agricultura.

Um dos participantes da reunião, o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, destacou que a medida beneficia as agroindústrias e permite a passagem de animais vivos e de carne de frigorífico para frigorífico, originários do sistema de integração e acompanhados dos laudos correspondentes.

A divisa entre Paraná e Santa Catarina, entretanto, continua totalmente fechada para animais em pé, carne e derivados, inclusive cereais e frutas procedentes de Mato Grosso do Sul, até que o governo paranaense conclua o levantamento sorológico de seu rebanho.

O criador de Mato Grosso do Sul em cuja fazenda foi detectado foco de febre aftosa possui propriedade rural em Marechal Cândido Rondon (PR), onde cria 65 vacas de leite e 300 suínos. Essa fazenda está interditada para investigação sorológica.

Nesta quinta será realizada reunião em Campo Grande (MS) com o Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues e secretários de agricultura de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. O encontro permitirá uma avaliação geral dos efeitos do foco de aftosa no município sul-mato-grossense de Eldorado.

Nova reunião ocorrerá em Porto Alegre na sexta, dia 14, para discutir a liberação do trânsito de carne bovina sem osso maturada, que se constitui em matéria-prima essencial para os frigoríficos do Sul.

O Ministério da Agricultura confirmou que Santa Catarina e Rio Grande do Sul continuam liberados para exportação para Rússia. Os Estados-limítrofes com Mato Grosso do Sul estão impedidos exportar.