| 07/10/2005 15h40min
A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) concluiu esta semana o levantamento das ações realizadas pela equipe do Projeto Brasil Livre de Aftosa na Ilha de Marajó. Segundo a coordenadora do Núcleo de Educação Sanitária da Adepará, Maria Antonieta Priante, o grupo de quatro veterinários em dois agrônomos da agência estadual e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento visitou os 16 municípios da ilha, onde foram realizados 53 seminários e palestras para um público de 2.038 jovens e crianças e outros 1.221 adultos.
As ações do projeto coincidiram com a campanha de vacinação na ilha, cujo rebanho cadastrado é de aproximadamente 430 mil cabeças de bovinos e bubalinos. Com ampla divulgação pelas emissoras de rádio locais e distribuição de folders e cartilhas, o trabalho foi concebido pelo ministério para levar educação sanitária a uma região ainda considerada de alto risco para a febre aftosa.
Em Marajó o trabalho da equipe do Brasil Livre começou dia 15 de agosto e se estendeu até 30 de setembro e foi a terceira etapa de uma iniciativa lançada em novembro do ano passado, em Santarém, pelo ministro Roberto Rodrigues.
Executado em duas fases (novembro/dezembro de 2004 e abril/maio deste ano), o projeto cobriu os 15 municípios das regiões do Baixo e Médio Amazonas, levando conscientização e informações sobre a importância da vacinação do gado (única forma de combate à aftosa), formas corretas de conservação da vacina, maneiras de identificar a doença nos animais e como comunicá-la aos órgãos de sanidade estaduais, para o rápido isolamento do foco, além de conhecimentos sobre outras doenças como brucelose, tuberculose e raiva
Em todas as etapas, os técnicos do Brasil Livre de Aftosa se preocuparam com o fortalecimento e a reestruturação das unidades locais de defesa sanitária e com a implantação de Comissões Municipais de Saúde Animal (Comusas). Essas entidades, formadas por lideranças rurais, políticas e representantes de vários segmentos da sociedade local, vão avaliar, discutir e propor ações de defesa.
Os resultados do projeto puderam ser avaliados nas campanhas de vacinação de novembro e maio últimos no Pará, onde a maioria dos municípios registrou índices de imunização superiores a 90%. Com um rebanho de bovinos e bubalinos superior a 17 milhões de cabeças, o estado vem trabalhando para melhorar seu status sanitário, passando de alto para médio risco em relação à doença.
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