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 | 04/10/2005 14h52min

Greenhalgh diz que assassinato de Celso Daniel foi crime comum

Advogado foi designado pelo PT para acampanhar as investigações

O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) afirmou hoje, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, que, no andar das investigações do caso Celso Daniel, foi levado a concluir que o assassinato do prefeito de Santo André (SP), em 2002, foi um crime comum. Ele recordou porém que, no início das investigações, não afastava a hipótese de crime político.

O deputado afirmou que não está acompanhando a nova investigação do caso, retomadas a pedido da família de Daniel. Mesmo assim, disse que não tem compromisso com o erro caso novas provas aparecerem. Segundo ele, três delegados da Polícia Federal e seis delegados de São Paulo, além de cinco promotores de Justiça, acompanharam o caso.

Greenhalgh disse ter recebido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendação para que acompanhasse as investigações, durante uma reunião na casa de Lula da qual participaram também parlamentares do PT e o então presidente do partido, José Dirceu. O deputado relatou que dois suspeitos da morte de Daniel foram presos no Paraná, mas acabaram soltos após pagarem propina. O processo teria retardado a prisão dos dois bandidos, que foram posteriormente presos na Bahia.

Ele relatou para os integrantes da comissão o momento em que viu o corpo do ex-prefeito chegar ao Instituto Médico Legal, em São Paulo.

– Se me permitem falar assim, conversei com o Celso, perguntando o que lhe tinham feito. Ele tinha os olhos abertos de terror e as mãos crispadas, tensas – recordou.

AGÊNCIA SENADO
 

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