Criticado pela oposição por estar freqüentemente no Exterior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu enfaticamente suas viagens internacionais nesta sexta durante a reunião da Comunidade Sul-Americana de Nações. Lula disse que até o final do seu mandato, em dezembro de 2006, fará quantas viagens considerar necessário e que, "mesmo contrariado", mantém esse cronograma por acreditar que as visitas a outros países ajudam a aumentar as relações comerciais do Brasil.

– Às vezes fico pensando se devo fazer mais uma viagem ou se não seria melhor ficar aqui no Brasil resolvendo meus problemas, mas como acredito na arte do diálogo, no olhar, mesmo contrariado, continuarei fazendo viagens. Até o final do meu mandato vou fazer tantas quanto entender que for necessário – justificou.

Segundo o presidente, as viagens internacionais que faz ajudam na "construção da unidade Sul-Sul, da América do Sul, da América Latina, da América do Sul e a África".

No dia 12, Lula inicia um roteiro pela Europa, de onde só retorna ao Brasil no dia 19. Em sete dias, Lula visitará Portugal, Espanha, Itália e Rússia. Lula irá desembarcar em cidades como Lisboa, Salamanca, Roma, Milão e Moscou, além da região da Sardenha.

Num recado aos demais presidentes da América do Sul, Lula disse que as eleições de 2006 não podem diminuir a disposição política dos chefes de governo e de Estado de trabalhar. Segundo ele, não devem prejudicar, por exemplo, os esforços pela integração da região.

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