| 29/09/2005 15h19min
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios está em posse de documentos contábeis das empresas de Marcos Valério que comprovariam ser falsa a tese de que o publicitário fez empréstimos de R$ 55 milhões ao PT.
Segundo a edição online do jornal Folha de São Paulo, a versão dos empréstimos foi montada em conjunto pelo publicitário e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. O objetivo seria explicar os repasses de dinheiro realizados através de Valério para parlamentares e diretórios do PT.
Não haveria indícios dos empréstimos nos anos de 2003, 2004 e 2005 na contabilidade das agências SMP&B e DNA, de propriedade de Valério. Os documentos foram apreendidos pela Polícia Federal na sede das empresas e posteriormente repassados à CPI. Gustavo Fruet (PSDB-PR), subrelator da comissão, diz ter informações de que Valério já solicitou a correção dos documentos.
Conforme a Folha Online, Fruet diz que, se a mudança na contabilidade for feita, o publicitário será vítima da própria esperteza, por que estará se configurando crime de agiotagem. O deputado entende que se constituirá como fraude contra o sistema financeiro qualquer alteração nos documentos porque Valério, na constituição de suas empresas, não poderia emprestar dinheiro ao PT.
Atualmente, a comissão investiga a possibilidade de que os empréstimos estariam camuflando o repasse de dinheiro público ao PT. Os recursos passariam por Valério através dos contratos que as agências possuem com as estatais e seriam repassados por ele ao PT.
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