O mercado financeiro abandonou a exuberância dos últimos dias e fechou a manhã de hoje fazendo correções. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em queda de 1,32%, com 30.729 pontos e R$ 774,6 milhões em negócios. O dólar encerrou o período em alta de 0,26%, a R$ 2,255 na compra e R$ 2,257 na venda.

A correção de preços teve como influências o desempenho negativo das bolsas americanas e as especulações em torno de uma derrota do governo na eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, na quarta-feira. A queda da confiança do consumidor americano teve forte queda em setembro, o que derrubou as bolsas locais e fez subir os preços dos títulos do Tesouro americano.

Dividiu o mercado a declaração do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de que o BC não irá intervir no mercado de câmbio. O volume de posições "vendidas" (apostas na queda) aumentou, o que levou o dólar a cair até 0,13%. Mas analistas acreditam que é preciso cautela.

No final da tarde, o BC anunciará se fará leilão de "swaps" reversos, o que não acontece desde março, mas que vem alimentando especulações nas últimas semanas. Na segunda-feira, o dólar caiu mais 0,61% e atingiu seu menor valor em 52 meses.

Mesmo com a correção, a Bovespa ainda lidera com folga o ranking das aplicações de setembro. O Índice Bovespa acumula alta de 11% no mês, bem acima das aplicações de renda fixa. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores baixas são de Brasil Telecom Participações ON (-5,44%) e Banco do Brasil ON (-4,38%). As altas mais significativas do índice são de Eletrobrás ON (+2,42%) e Net PN (+2,19%).

AGÊNCIA O GLOBO