| 23/09/2005 15h04min
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, negou hoje que o Brasil tenha intenções de retaliar comercialmente os Estados Unidos devido à manutenção, por parte daquele governo, de subsídios ilegais aos produtores de algodão. Os EUA foram condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a retirar os subsídios, mas, até agora, Washington não tomou decisão alguma nesse sentido.
– Vamos usar nosso direito na forma de ter alguma compensação econômica. A retaliação não é necessariamente uma retaliação (comercial). Pode ser alguma compensação – disse o ministro, logo depois de ter participado de um café da manhã e da assinatura de um acordo de cooperação com o governo de Cingapura, em São Paulo.
O ministro contou que, há cerca de três meses, o assunto chegou a ser discutido na Camex, órgão do qual fazem parte os ministros das áreas econômica e comercial, além do Itamaraty, e, na ocasião, foi observado que os negociadores do Ministério de Relações Exteriores trabalhavam com uma margem de manobra no sentido de alongar os prazos para encontrar uma solução, antes de partir para uma retaliação comercial.
– Mas, pelo que vimos ontem, parace que essa possibilidade (de alongar os prazos) não está havendo. (De qualquer forma) vou estar, na segunta e terça-feiras, em Washington, com três ministros do governo norte-americano e um dos temas desses encontros será esse – explicou Furlan.
O ministro disse ainda que, nessas reuniões, vai tratar também da possibilidade de o governo de Washington facilitar a entrada de alguns produtos de interesse do Brasil como forma de compensar os prejuízo provocados pelos subsídios aos produtores de algodão.
– Essa pode ser uma compensação (econômica) razoável – afirmou Furlan.
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