| 23/09/2005 09h28min
Já classificado para o segundo turno, Ricardo Berzoini aguarda a definição do seu concorrente na disputa da presidência do PT. Planejando as eleições de 2006, o atual secretário-geral da sigla e representante do Campo Majoritário defende a união de todas as correntes e o fortalecimento do partido.
– O segundo turno vai revelar o projeto que temos para o partido. Após a eleição, quem vencer deve buscar uma unidade interna. A intenção é ter um partido forte para a disputa eleitoral de 2006. Os cinco candidatos que disputam comigo têm discursos diferentes e são muito críticos com o governo. Com este discurso, terão dificuldade de defender o governo no próximo ano – projeta.
A eleição do PT segue indefinida. Valter Pomar (Articulação de Esquerda) e Raul Pont (Democracia Socialista) disputam voto a voto o ingresso na segunda fase da eleição. A expectativa é que uma nova parcial a ser divulgada hoje possa trazer novidades.
– Se a diferença entre os dois concorrentes não fosse tão pequena, o resultado já poderia ter sido declarado. A apuração está em 95% concluída. Faltam ainda os resultados de pequenas cidades do interior do país, que serão decisivos – explica Berzoini.
Questionado sobre a política econômica do governo no programa Atualidade da Rádio Gaúcha, Berzoini defendeu as medidas adotadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou a coragem do governo, mas deixou claro que reivindicará mudanças caso seja eleito.
– A nossa política é vitoriosa. Tirou o país da crise e retomou o crescimento, que precisa ser acelerado. Se tivermos uma gestão fiscal mais ousada, podemos ter essa aceleração. O governo gerou 3,3 milhões de emprego em 33 meses – disse.
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