| 22/09/2005 13h04min
A Cyrela Brazil Realty, empresa do setor de incorporação e construção civil, está estreando hoje no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A empresa, que já era listada na bolsa, chega ao Novo Mercado depois de uma colocação de ações que teve demanda 10 vezes superior à oferta. A ação registra forte queda, devido a uma realização de lucros.
Em operação feita simultaneamente no Brasil e no Exterior, foram colocadas 52,3 milhões de ações ordinárias, sendo 34,1 milhões em oferta primária (ações já existentes) e 18,2 milhões em oferta secundária (emissão de ações). A expectativa inicial da Cyrela Brazil Realty era de que os papéis ficassem entre R$ 11,50 e R$ 14, mas o valor ficou em R$ 15. Com isso, a receita obtida foi de R$ 784,5 milhões. Assim, o "free float" (quantidade de ações em circulação) atinge 41,49%, contra os 8,2% que já eram negociados anteriormente.
A ação da Cyrela fechou na quarta-feira (antes de pertencer ao Novo Mercado) valendo R$ 18,55. Às 11h, o papel valia R$ 17,90, o que representa queda de 3,50% sobre o fechamento da véspera, e ao mesmo tempo uma alta de 19,33% sobre os R$ 15 fixados para as novas ações. Com essa diferença de preço, detentores antigos das ações realizam lucros.
Com a chegada ao Novo Mercado, Cyrela também passa a pertencer ao Índice de Governança Corporativa (IGC), que reúne as 57 companhias listadas no Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. Também já está entre as 44 empresas que fazem parte da carteira do Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG), que concentra as que concedem tag along diferenciado aos acionistas minoritários.
A empresa pretende utilizar os recursos captados para aquisição de terrenos, lançamento de novos empreendimentos, fornecimento de maior volume de financiamento a clientes e liquidação de dívidas. Com a operação, o capital social da empresa subiu de R$ 311,231 milhões para R$ 822.731 milhões.
Cyrela Brazil Realty tem mais de 40 anos de atuação. Nesse período construiu mais de 2,5 milhões de metros quadrados e incorporou 1 milhão em empreendimentos residenciais de alto e médio padrão, shopping centers, pavilhões de feiras e eventos, edifícios comerciais, hoteleiros e produtos para investidores, como os fundos imobiliários de varejo. No primeiro semestre deste ano, o lucro foi de R$ 61,6 milhões
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