O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), protestou há pouco contra as discussões que ocorreram na reunião conjunta das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) dos Correios e do Mensalão que ouve o banqueiro Daniel Dantas. Segundo o parlamentar, a senadora Ideli Salvati (PT-SC) errou ao levantar questão sobre pessoas que não têm participação nos fatos investigados pelas comissões.

A senadora havia feito menção a uma suposta sociedade de Verônica Serra, filha do prefeito de São Paulo, José Serra, com Verônica Dantas, irmã do banqueiro. A discussão entre os parlamentares motivou uma interrupção de 15 minutos no depoimento do banqueiro do Grupo Opportunity, que já foi retomado.

Após a interrupção, Dantas leu um comunicado da Telemig Celular e da Amazônia Celular sobre os contratos de publicidade dessas empresas com as agências de Marcos Valério Fernandes de Souza. No documento, as operadoras de telefonia informam que não têm como conferir a contabilidade da SMP&B e da DNA para saber como as agências contratadas e seus fornecedores prestaram contas dos valores pagos.

A dúvida em relação aos contratos surgiu porque Dantas informou que os valores pagos pelas empresas foram destinados estritamente para publicidade. Os parlamentares suspeitam, no entanto, que os valores tenham sido superfaturados para beneficiar as empresas de Marcos Valério. Segundo Dantas, os gastos com publicidade da Telemig estão dentro dos padrões do mercado. A empresa, se comparada com as demais empresas do setor, está entre as que têm menor relação entre despesa publicitária e faturamento.

O grupo Opportunity é responsável pela gestão dos recursos das duas operadoras.

AGÊNCIA O GLOBO E CÂMARA